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Pelos Frutos Conhecereis

A prática cristã é o principal sinal pelo qual podemos julgar a sinceridade de cristãos professos. As Escrituras são muito claras sobre isso. "Pelo seus frutos os conhecereis" (Mat 7:16), "Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore" (Mat. 12:33). Em nenhum lugar Cristo diz: "Conhecereis a árvore por suas folhas e flores. Conhecereis os homens pelo que dizem, pelas histórias que contam de suas experiências, por suas lágrimas e expressões emocionais". Não! "Pelos seus frutos os conhecereis. Pelo fruto se conhece a árvore."

Cristo nos aconselha que procuremos pelos frutos da prática cristã nos outros. Também nos exorta que devemos mostrar esse fruto aos outros em nossas próprias vidas. "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mat. 5:16). Cristo não diz: "Assim brilhe também a vossa luz, exprimindo aos outros seus sentimentos e experiências." É quando os outros vêem nossas boas obras que glorificarão nosso Pai que está nos céus.

O restante do Novo Testamento diz o mesmo. Por exemplo, em Hebreus lemos sobre aqueles que foram iluminados, provaram o dom celestial e assim por diante, e caíram (Heb. 6:4-8). Então, no versículo 9 diz: "Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação." Por que o escritor de Hebreus estava tão confiante que a fé deles era verdadeira e que eles não cairiam? Por causa de sua prática cristã. Vejam o versículo 10: "Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos."

Encontramos o mesmo ensinamento em Tiago. "Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?" (Tg. 2:14). Tiago está nos dizendo que não adianta dizer que temos fé, se não mostrarmos nossa fé pelas boas obras. Tudo o que dizemos será inútil, se não for confirmado pelo que fazemos. Testemunhos pessoais, histórias sobre nossos sentimentos e experiências - tudo inútil sem boas obras e prática cristã.

De fato, isto é bom senso. Todos sabemos que "ações falam mais alto que palavras." Isso se aplica tanto ao domínio espiritual quanto ao natural. Imagine duas pessoas, uma parece andar humildemente perante Deus e os homens, viver uma vida que fala de um coração penitente e contrito; é submissa a Deus na aflição, mansa e gentil para com os outros homens. A outra fala sobre quão humilde é, como se sente condenada pelo pecado, como se prostra no pó perante Deus, etc; não obstante, se comporta como se fosse o cabeça de todos os cristãos da cidade! É mandona, importante perante ela mesma e não suporta crítica. Qual dessas duas dá a melhor demonstração de ser uma verdadeira cristã? Não é falando às pessoas sobre nós mesmos que demonstramos nosso cristianismo. Palavras custam pouco. É pela dispendiosa e desinteressada prática cristã que mostramos a autenticidade de nossa fé.

Estou supondo, é claro, que essa prática cristã existe numa pessoa que diz acreditar na fé cristã, pois o que estamos testando é a sinceridade daqueles que se dizem cristãos. Uma pessoa não pode proclamar-se cristã sem reivindicar certas coisas. Não iríamos - e não deveríamos - aceitar como cristão alguém que negue as doutrinas cristãs essenciais, não importa quão bom e santo ele pareça. Junto com a prática cristã, deve haver uma aceitação das verdades básicas do evangelho. Essas incluem crer que Jesus é o Messias, que morreu para satisfazer a justiça de Deus contra nossos pecados, e outras doutrinas dessa ordem. A prática cristã é a melhor prova da sinceridade e salvação daqueles que dizem acreditar nessas verdades, mas não prova coisa alguma sobre a salvação daqueles que as negam!

Eu só acrescentaria o que já disse antes (Parte dois, capítulo 12), que nenhuma aparência exterior é sinal infalível de conversão. A prática cristã é a melhor evidência que temos de que um cristão professo é um cristão verdadeiro. Leva-nos a acreditar em sua sinceridade e aceitá-lo como irmão em Cristo. Mesmo assim, não é prova cem por cento infalível. Para começar, não podemos ver todo o comportamento manifestado de uma pessoa; muito dele está escondido do mundo. Não podemos ver dentro do coração da pessoa para ver seus motivos. Não podemos estar certos até que ponto pode ir uma pessoa não convertida na aparência exterior de cristianismo. Contudo, se pudéssemos ver toda a prática que a consciência da própria pessoa conhece, poderia então ser um sinal infalível de sua condição de pessoa salva.


Escrito por Jonathan Edwards

Não coloque de novo as algemas

por C. H. Spurgeon


E não sirvamos o pecado como escravos - Romanos 6.6

Crente, por que você tem de se envolver com o pecado? Ele já não lhe custou muito? Crente ferido, você continuará brincando com fogo? Entrará pela segunda vez na cova do leão, depois de haver estado entre as suas garras? Você já não recebeu o bastante da velha serpente? Ela o envenenou antes. Você brincará novamente bem perto do buraco da víbora e colocará sua mão pela segunda vez na toca da serpente? Oh! Não seja tão medíocre!

O pecado já lhe proporcionou algum prazer verdadeiro? Você já encontrou satisfação concreta nele? Se isto aconteceu, retorne à sua antiga servidão e coloque de novo as algemas. Mas o pecado nunca lhe deu o que havia prometido. Pelo contrário, ele o enganou com mentiras.

Não caia outra vez na armadilha. Mostre-se livre e permita que a recordação de sua antiga escravidão o impeça de entrar na rede novamente. O pecado é contrário aos desígnios do amor eterno. Deus deseja a sua pureza e a sua santificação. Não se oponha aos propósitos de seu Senhor. Os crentes nunca pecam sem que isso envolva um alto custo.

O pecado destrói a paz da mente, obscurece a comunhão com Jesus, obstrui as orações, trazendo trevas sobre a alma. Portanto, não seja escravo do pecado. Em cada vez que você serve o pecado, está "crucificando" o Filho de Deus e "expondo-o à ignomínia" (Hebreus 6.6). Você pode suportar esse pensamento? Se você caiu em algum pecado, o Senhor está lhe enviando esta admoestação nesta hora, antes que você se afaste para mais longe. Volte novamente para Jesus. Ele não esquece seu amor por você. A graça de Jesus ainda é a mesma. Com arrependimento e lágrimas, prostre-se aos pés dEle, que o receberá novamente em seu coração.

Retirado de C. H. Spurgeon

Pecados na Mente - R. C. Sproul

"como [o homem] imagina em sua alma, assim ele é" (Pv 23,7).

Em outras palavras, aquilo em que minha mente prioriza, determina o tipo de pessoa que eu me torno.

Realmente, vivemos de acordo com o que pensamos. Podemos não ser capazes de articular essa teoria de forma técnica, mas todos temos uma teoria a partir da qual vivemos a prática de nossa vida. É por isso que Jesus nos diz para mantermos nossos pensamentos puros. Aquilo que você enxerga como importante, vai controlar os padrões práticos de sua vida.

Devemos aprender a superar estes pensamentos invasivos, assim como aprendermos a lidar com outros aspectos de nossa natureza pecaminosa. O apóstolo diz que todas as coisas que são puras, todas as coisas que são verdadeiras e amáveis, são essas coisas que deveriam habitar em nós.

Se enchermos nossas mentes com lixo, nossas vidas logo começarão a manifestar o mau cheiro daquele lixo. Penso que a solução é encher nossas mentes com as coisas de Deus.

Por R. C. Sproul
Adaptado de O Principal dos Pecadores

Eu Sou tua Salvação - C. H. Spurgeon

Justa agradável oração será a minha súplica de hoje; porém, primeiramente ela deve instruir-me. Davi teve as suas dúvidas. Por que ele haveria de orar: "Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação", se não estava experimentando dúvidas e temores? Preciso sentir-me encorajado, porque eu não sou o único crente que se queixa de falta de fé. Se Davi teve dúvidas, não preciso chegar à conclusão de que não sou crente, visto que também tenho dúvidas.

Davi não ficou contente enquanto teve dúvidas e temores. Em vez disso, ele se dirigiu imediatamente ao trono de misericórdia para suplicar a segurança que ele valorizava mais do que o ouro. Eu também preciso buscar um senso permanente de minha aceitação no Amado. Não tenho qualquer alegria quando o amor de Cristo não está transbordando em minha alma.

Davi sabia onde poderia obter segurança completa. Ele se dirigiu ao seu Deus através da oração, clamando: "Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação". Tenho de permanecer sozinho com Deus, se desejo ter um senso evidente do amor de Jesus. Se minhas orações cessarem, meus olhos da fé se tornarão obscuros. Davi não ficaria satisfeito enquanto a sua segurança não tivesse uma origem divina. "Dize à minha alma." Nada menos do que um testemunho divino na alma satisfará o verdadeiro crente. Além disso, Davi não poderia descansar, a menos que sua segurança tivesse uma personalidade vivida ao seu redor.

"Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação." Senhor, ainda que tenhas dito isto para todos os crentes, estas palavras não significam nada, a menos que as digas para mim. Senhor, eu tenho pecado. Nem mesmo ouso pedir-Te, mas dize à minha alma: "Eu sou a tua salvação". Faze-me possuir um indiscutível, infalível e pessoal senso de que eu sou teu e de que tu és meu.

Escrito por Charles Spurgeon
Retirado de C. H. Spurgeon

Aprender a Esperar em Deus



Como o cristão pode aprender a esperar em Deus enquanto à providência demora em responder suas orações?

Durante essas demoras o povo de Deus pode se tornar muito desanimado. Pelo profeta Isaías Deus havia prometido que teria misericórdia de Seu povo em cativeiro, mas Seu povo esperou ano após ano e nada aconteceu. "Mas Sião diz: já me desamparou o Senhor, e o Senhor se esqueceu de mim" (Isaías 49:14). Com Davi aconteceu o mesmo. Deus tinha feito promessas para ele que foram chamadas "As beneficências firmes de Davi" (Isaías 55:3) e ainda assim ele pensou que Deus tinha Se esquecido dele. Ele disse: "Até quando te esquecerás de mim, Senhor? Para sempre?" (Salmo 13:1). Há três razões principais porque nós nos desanimamos desse modo:

1. Damos lugar à incredulidade. Nós não confiamos inteiramente na infalível palavra de um Deus imutável e fiel. Esta razão para frouxidão de coração está no Salmo 27:13: "Pereceria sem dúvida, se não cresse." Em outras palavras, um coração frouxo é uma evidência de incredulidade.

2. Vemos as coisas conforme nos parecem. Foi dito acerca de Abraão que "contra a esperança", isto é, contra a probabilidade natural, ele "creu contra a esperança... dando glória a Deus" (Romanos 4:18,20). Nossos espíritos se animam ao esquecermos daquilo que vemos com os olhos físicos e ao medirmos tudo por outra norma, isto é, pelo poder e fidelidade de Deus (II Coríntios 4:16,18).

3. Satanás usa essas ocasiões para sugerir pensamentos rebeldes contra Deus. Quando nossos ânimos estão deprimidos estamos mais propensos para dar ouvidos a Satanás. Ele sempre procura nos enfraquecer e fazer com que deixemos de esperar em Deus.

São dois os modos de ver essas demoras. De um lado, tempos e estações estão nas mãos do Senhor nosso Deus (Atos 1:7), porém do nosso próprio ponto de vista, esperamos que nossas orações sejam respondidas bem mais cedo. Ora, nada pode ser mais certo ou exato que a hora escolhida por Deus para responder orações. Nós ficamos desapontados com a demora da providência e começamos a duvidar da fidelidade de Deus. Mas os Seus pensamentos não são os nossos pensamentos (Isaías 55:8). "O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia" (II Pedro 3:9). O Senhor não calcula Seu tempo de ação pela nossa aritmética. Deus determina a hora certa, e embora Sua resposta demore mais do que esperamos, ela não será nem um momento mais tarde que Sua determinação.



Escrito por John Flavel
Josemar Bessa

Direção



Quando tiverem orado pedindo direção, e perceberem que a providência concorda com sua consciência e com a orientação mais clara que encontram na Bíblia, podem aceitar isso como encorajamento para continuarem no caminho indicado. Mas se a providência parece favorecer qualquer coisa que estaria indo contra a orientação das Escrituras, não devem seguir esse caminho. Os seguintes conselhos ajudarão vocês a descobrirem a vontade de Deus:

1. Tenham um temor verdadeiro a Deus em seus corações, e temam deveras em ofendê-lo. "O segredo do Senhor é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu concerto" (Salmo 25:14).

2. Estudem mais a Palavra e preocupem-se menos com os afazeres do mundo. A Palavra é luz para os seus pés (Salmo 119:105). Ela lhes mostrará o que fazer e quais os perigos a evitar.

3. Ponham em prática o que vocês já sabem. "Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo" (João 7:17). "bom entendimento têm todos os que lhe obedecem" (Salmo 111:10).

4. Orem pedindo iluminação; peçam ao Senhor que os guie e não os deixe caírem no mal (veja Esdras 8:21).

5. Então sigam a providência até onde essa concorde com a Bíblia, e não ultrapassem isso. Em tempo de provação, devemos nos humilhar sob a poderosa mão de Deus. Por outro lado, é hora de regozijar em Deus quando Ele envia bênçãos para nos trazer conforto. "No dia da prosperidade goza do bem" (Eclesiastes 7:14).

Devemos ser sábios para aprender o que Deus está nos ensinando em ocasiões diferentes à medida que a providência salienta tais ensinos.


Escrito por John Flavel
Retirado de Jossemar Bessa

Acorde!

C. H. Spurgeon

Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação. (Lc 22.46)


Quando é que o crente provavelmente está dormindo? Não é quando as suas circunstâncias temporais se mostram prósperas? Quando havia problemas diários que o impulsionavam a buscar o trono da graça, você estava espiritualmente mais alerta do que está agora? Estradas excelentes fazem o motorista dormir. Cristão não dormiu quando os leões estavam no meio do caminho ou quando estava lutando contra o inimigo de sua alma. Mas, depois que subiu metade do caminho do Monte da Dificuldade, encontrou um arbusto agradável sob o qual ele se assentou.

Imediatamente, começou a dormir, incorrendo em grande tristeza e perda. Recordemos a descrição de Bunyan: "Na metade do caminho para o topo, havia uma árvore agradável, plantada pelo Senhor da montanha, para revigoramento dos viajantes cansados. Ali chegou Cristão e sentou-se para descansar. Tirou do peito o seu rolo, lendo-o para seu consolo. Também começou a meditar na capa ou veste que recebera quando estava de pé junto à cruz. Assim, deleitando-se um pouco, finalmente começou a cochilar e caiu em sono profundo, que o deteve naquele lugar quase até ao anoitecer" (Peregrino — John Bunyan).

Em lugares tranqüilos, os homens fecham seus olhos e vagueiam pela utópica Terra do Esquecimento. O falecido Erskine observou com sabedoria: "Eu gosto mais de um diabo que rosna do que de um diabo sonolento". Não existe tentação tão perigosa quanto o não ser tentado. As almas atribuladas não dormem. Depois que entramos na confiança tranqüila e na plena segurança, estamos em perigo de cochilar. Os discípulos dormiram depois que viram Jesus transfigurado no topo do monte. Tenha cuidado, crente: circunstâncias agradáveis são vizinhos achegados das tentações. Seja tão feliz quanto você deseja, mas seja vigilante.

Retirado de C. H. Spurgeon

Aceitando o "Não" como Vontade de Deus

por R.C Sproul

Ficamos abismados de que, mesmo à luz de registros bíblicos tão claros, alguém ainda tenha a audácia de sugerir que é errado para aqueles que sofrem no corpo ou na alma, expressar suas orações por libertação em termos de: "Se for da Tua vontade." Dizem que quando a aflição chega, Deus sempre deseja a cura. Que Ele não tem nada a ver com sofri­mento, e que tudo que devemos fazer é reivindicar a respos­ta que buscamos pela fé. Somos exortados a exigir o "Sim" de Deus antes que Ele o pronuncie.

Fora com tais distorções da fé bíblica! Ela são concebi­das na mente do Tentador que deseja nos induzir a transfor­mar fé em mágica. Nem todo o amontoado de discurso pie­doso pode transformar tal falsidade em doutrina verdadeira.

Às vezes Deus diz não. Às vezes Ele nos chama para sofrer e morrer, mesmo quando desejaríamos exigir o con­trário.

Nunca outro homem orou mais veementemente que Cristo no Getsêmani. Quem acusará a Cristo de não ter ora­do com fé? Ele colocou seu pedido diante do Pai suando sangue: "Passa de mim este cálice."

A oração de Jesus era direta e sem ambigüidades. Ele gritou por alívio. Ele pediu que o cálice terrivelmente amar­go fosse removido. Cada centímetro de Sua humanidade se encolhia diante do cálice. Ele implorou a Seu Pai que o libertasse do seu dever. Mas Deus disse não. O caminho do sofrimento era o plano de Deus. Era a vontade de Deus. Era sua vontade pura e inalterada. A cruz não era uma idéia de Satanás. A paixão de Cristo não foi resultado de contingên­cias humanas. Não foi uma maquinação acidental de Caifás, Herodes ou Pilatos. O cálice foi preparado, entregue e ad­ministrado pelo Deus Onipotente.

Jesus qualificou sua oração: "Se for a tua vontade..." Jesus não "apresentou e reivindicou." Ele conhecia Seu Pai muito bem para saber que esta poderia não ser a Sua vonta­de. A história não termina com as palavras: "E o Pai se arrependeu do mal que havia planejado, afastou o cálice e Jesus viveu feliz para sempre."

Tais palavras se aproximam da blasfêmia. O evange­lho não é um conto de fadas. O Pai não entraria em acordos sobre o cálice. Jesus foi chamado para tomá-lo até a última gota. E Ele o aceitou. "Contudo, não se faça a minha vonta­de, e, sim, a tua" (Lc 22.42).

Este "contudo" é a suprema oração da fé. A oração da fé não é uma ordem que colocamos diante de Deus. Não é a presunção de um pedido atendido. A autêntica oração da fé é aquela que se assemelha à oração de Jesus. É sempre apre­sentada num espírito de submissão. Em todas as nossas ora­ções devemos permitir que Deus seja Deus. Ninguém diz ao Pai o que deve fazer, ninguém, nem mesmo o Filho. Orações devem sempre ser pedidos feitos com humildade e submissão à vontade do Pai.

A oração da fé é a oração da confiança. A própria es­sência da fé é confiança. Confiamos que Deus sabe o que é melhor. O espírito de confiança inclui o espírito de disposi­ção para fazer o que o Pai deseja que façamos. Este tipo dè confiança foi personificado em Jesus no Getsêmani.

Embora o texto não seja explícito, é claro que Jesus deixou o jardim com a resposta de Deus para o seu pedido. Não há nenhuma blasfêmia ou amargura, sua comida e sua bebida eram fazer a vontade do Pai. Desde que o Pai disse não, estava resolvido. Jesus se preparou para a cruz. Não fugiu de Jerusalém, mas entrou na cidade com o semblante determinado.


Retirado de Josemar Bessa

A Mágoa

Nós sofremos mais por causa das pessoas do que por causa das circunstâncias. As pessoas nos fazem chorar mais do que as vicissitudes da vida. As pessoas nos decepcionam e nós decepcionamos as pessoas. Os relacionamentos dentro da família, no trabalho e até igreja, algumas vezes, se tornam tensos. Feridas são abertas na alma e mágoas profundas se instalam no coração. Amizades são rompidas, casamentos são abalados, relacionamentos sólidos entram em colapso. Nesse processo, a comunicação é rompida, o silêncio gelado substitui as palavras de amor e a desconstrução da imagem do outro se torna uma verdadeira ação de desmonte.

O resultado do adoecimento das relações humanas é a mágoa. A mágoa é a ira congelada. É o armazenamento do ressentimento. A mágoa é uma prisão. Quem se alimenta da mágoa não tem paz. Não tem liberdade. Não tem alegria. Não conhece o amor. Não tem comunhão com Deus. Não pode adorar a Deus, nem trazer sua oferta ao altar. Quem retém o perdão não pode orar a Deus nem receber dele o perdão.

A mágoa é autodestrutiva. Ferimo-nos a nós mesmos quando nutrimos mágoa por alguém. Guardar mágoa no coração é como beber veneno pensando que o outro é quem vai morrer. Há muitas pessoas doentes porque se recusaram a perdoar. Na igreja de Corinto havia pessoas fracas, outras doentes e algumas que já estavam mortas em virtude de relacionamentos adoecidos (1Co 11.3). Tiago ordena os crentes a confessarem seus pecados uns aos outros para serem curados (Tg 5.16). Há muitas pessoas vivendo cativas no calabouço do diabo, acorrentadas pela mágoa, cuja vida espiritual está arruinada. Gente que precisa ser liberta dessa prisão existencial, desse cativeiro espiritual.

O salmista Davi orou pedindo a Deus para tirar a sua alma do cárcere (Sl 142.7). A chave que abre a porta dessa masmorra é o perdão. O perdão traz cura onde a mágoa gerou doença. O perdão traz reconciliação onde a mágoa gerou afastamento. O perdão traz alegria, onde a mágoa produziu tristeza e dor. O perdão restitui aquilo que a mágoa saqueou. Perdoar é zerar a conta. É nunca mais lançar no rosto da pessoa a sua dívida. Perdoar é lembrar sem sentir dor. É pagar o mal com o bem. É abençoar aqueles que nos amaldiçoaram. É fazer o bem àqueles que nos fizeram o mal. Perdoar é ser um vencedor, pois é vencer o inimigo não com a espada, mas com o amor. Perdoar é viver como Jesus viveu, pois ele não retribuiu o mal com o mal, antes por seus algozes intercedeu. Perdoar é ter o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.

Chegou a hora de raiar a liberdade em sua vida. A Palavra de Deus liberta: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). Jesus Cristo liberta: "Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8.36). É hora de sair do cárcere que prende a sua alma com as grossas algemas da mágoa. É hora de experimentar a liberdade do perdão. É hora de tomar posse da vida abundante que Jesus lhe oferece!


Retirado de Rev. Hernandes Dias Lopes

Você é um amigo de verdade? (2)

por Keith Simon

Se você quiser ter o tipo de amigos que a Bíblia diz que todos nós precisamos, então você vai ter que lidar com a natureza contra-intuitiva do cristianismo. Muita coisa da vida cristã está fora de sintonia com a maneira como nós naturalmente pensamos por nós mesmos. Pode até parecer que estamos correndo contra o que poderíamos chamar de "senso comum". Por exemplo, tanto a nossa natureza quanto a cultura aprovam "aquele que ganha o mundo", enquanto Jesus aprova "aquele que perde sua vida". Outro exemplo é que nós somos ensinados que o caminho para a grandeza é pavimentado sobre a auto-indulgência, mas Jesus ensina que a grandeza é obtida através da servidão. Encontrar a sua vida ao perdê-la é um enorme passo de fé em Deus.

O mesmo é verdadeiro quando se trata de definir um verdadeiro amigo. Provérbios 27:6 diz que "Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos." Tenho certeza de que você pode ver o que é contra-intuitivo, neste versículo. Ele completamente redefine o que é verdadeira amizade. Nossos círculos sociais operam de forma oposta ao que este versículo nos ensina. A norma em nosso mundo é "beijar" o seu amigo e "ferir" o inimigo.

É raro (na fronteira da inexistência) um amigo nos desafiar, apontar o pecado em nossas vidas, ou chamar nossa atenção para uma falha na nossa forma de criar os filhos ou nos nossos hábitos. Por que ninguém aponta esses nossos erros para nós? Você é tão ingênuo para acreditar que é porque não viram nada que precisa ser salientado? Sério? Duvido muito.

Um dos motivos por que não dizem nada é que não querem perder sua amizade. Eles temem que, se lhe disser algo que você não queira ouvir, você acabe se afastando deles. E já que eles não querem isso, eles se calam. (Na verdade, o melhor cenário normalmente seria eles ficarem calados. Um cenário mais provável é eles falarem aos outros sobre o seu pecado, maus hábitos e más escolhas. Não fique chocado. Você faz a mesma coisa com os outros.)

Como você reagiu, no passado, quando alguém lhe dissesse algo que foi difícil para você ouvir? Se um amigo já lhe disse você foi muito brando (ou áspero) com seu filho, ou que você fofocou, ou que você tem se importado muito sobre o que os outros pensam, ou que você pareceu arrogante, como você respondeu? Se você não entendeu e acreditou em Provérbios 27:6, você diria, "Ai! Isso realmente dói. Obrigado por ser um bom amigo." Entende o que quero dizer com ser um contra senso? Estamos mais propensos a responder dizendo: "Eu pensei que você fosse um amigo, mas eu estava errado."

Quando alguém diz algo que é difícil de ouvir, qual é a sua provável resposta? Se você for como eu, deve ser uma combinação das seguintes características:

1. Defensiva;
2. Tenta transferir a culpa;
3. Ataca a pessoa que disse.

Por que agimos dessa maneira? Porque nós erroneamente acreditamos que aqueles que dizem coisas difíceis para nós são nossos inimigos. Nós entendemos erroneamente que o que eles estão dizendo é prejudicial. Digo "entendemos erroneamente" porque Provérbios 27:6 nos diz exatamente o oposto. Confundimos os nossos amigos com inimigos.

Antes de fechar por hoje, quero dizer a única maneira que eu sei como fazer para ter o tipo de amigos que estão dispostos a "ferir" você. Peça-lhes para fazê-lo. Dê-lhes permissão para dizer coisas duras para você. Você já disse algo assim a um ou dois amigos de confiança como seu cônjuge, filhos ou pais?


"Eu sei que isso parece loucura, mas eu realmente confio em você e valorizo sua perspectiva. Então, eu quero convidar você a compartilhar comigo coisas que vão ser difíceis para eu ouvir. Quando (não se, mas quando) você vir pecado em minha vida, não pense que eu estou ciente dele, por favor, aponte-o para mim. Quando (não se) você me ver errar com os meus filhos ou minha esposa, por favor, me diga. Tudo é jogo limpo. Nada está fora dos limites."


"Eu queria prometer que sempre iria responder imediatamente com humildade e arrependimento, mas pode ser que nem sempre isso seja verdade. Mas eu prometo que não vou usar os seus comentários contra você e nem deixarei isso estragar a nossa amizade. Eu quero que você saiba que vou ver a sua vontade de dizer as coisas difíceis para mim como um sinal de que você é um amigo de verdade e não um inimigo dando elogios falsos ou superficiais."

O objetivo aqui é que as pessoas saibam que você acredita em Provérbios 27:6, quando diz que “as feridas de um amigo podem ser confiáveis.” Sim, o que eles dizem pode doer um pouco. Qualquer ferida dói. Mas as feridas feitas por um amigo levam à vida.

Traduzido por Gustavo Vilela | iPródigo
Retirado de iPródigo




Leia também:

- Você é um amigo de verdade?
- Julgamento
- Peça Ajuda
- A reputação de Cristo em nós
- Amor doador e perdoador

Você é um amigo de verdade?

por Keith Simon

Poucos de nós têm o tipo de amigos que a Bíblia diz que precisamos. Isso porque o que se fala sobre amizade, hoje, é muitas vezes uma imitação barata do que realmente é. Eu acho que existem muitas razões para que a verdadeira amizade seja mais difícil de encontrar no mundo atual. Há sempre os culpados habituais, tais como a falta de tempo (estamos sempre ocupados) e a tecnologia que vai desde televisores de alta definição, que fazem tudo ser divertido de assistir, até as mensagens de texto do celular.

Mas acho que há razões mais profundas e que são mais interessantes. Provérbios 27:6 diz que "Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos." De acordo com esse versículo, muitas vezes ficamos confusos sobre quem são nossos amigos e inimigos. Soa estranho, não é? Quem seria estúpido o suficiente para pensar que seu amigo é um inimigo e seu inimigo um amigo? Bem, eu acho que a maioria (ou todos) de nós em um momento ou outro.

Segundo o livro dos Provérbios, um verdadeiro amigo irá, ocasionalmente, ferir você. Agora pense nisso por um momento. A ferida dói. Não é agradável. Pode levar algum tempo para sarar. Ninguém acorda de manhã e diz: “Eu espero que eu fique ferido hoje!” Não, nós geralmente acordamos esperando que o dia vá acontecer à “nossa maneira”, ou seja, confortável, fácil e sem complicações. Ferimentos não se encaixam nesse quadro, mas beijos com certeza.

Nós amamos quando as pessoas nos "beijam", afirmando-nos e nos dizendo o que queremos ouvir. "Você estava certo em ficar com raiva.", "Você não merece ser tratado dessa maneira.", "Você precisa cuidar de si mesmo." Mas a Bíblia diz que da mesma forma que lobos podem aparecer em pele de cordeiro, nossos inimigos também podem "vestir-se" como amigos. E a fantasia que usam são muitos "beijos".

Parece que preferimos simplesmente deixar nossos "amigos" entrarem em um caminho prejudicial ao invés de falar-lhes sobre o que está acontecendo em suas vidas. Temos medo que eles fiquem ofendidos ou nos entendam mal ou fiquem na defensiva. E, claro, tudo isso é verdade. Eles podem fazer essas coisas. Mas um amigo assume um risco que o inimigo não assume.

Há alguma conversa difícil que você precisa ter com alguém? Algum amigo seu está fazendo más escolhas em seus relacionamentos, casamento, com seus filhos, finanças, no envolvimento com a igreja? Você é amigo o suficiente para bancar um almoço com ele e conversar sobre isso? Se você estivesse em sua posição, descendo pelo mesmo caminho que ele, você gostaria que ele falasse com você sobre isso?

Se você estiver disposto a ter uma dessas conversas difíceis, aqui estão algumas dicas…

1. Encontre o momento certo para fazê-lo. Esta não é o tipo de conversa que você tem ao celular enquanto está dirigindo, levando seus filhos para suas atividades diárias. Parafraseando Paul Tripp em Age of Opportunity “Não comprima uma conversa de cem dólares em momentos de um centavo.”

2. Antes de ir, engula uma grande dose de humildade. Lide com seu próprio coração para que você não vá para a conversa com uma atitude hipócrita. Mas não caia na armadilha de pensar que porque você também é um pecador, você não deveria falar com ele. Nós todos somos pecadores. Portanto, se os pecadores não podem falar com outros pecadores sobre os seus pecados, então todos nós estamos por nossa conta. E eu tenho certeza que não é como a Bíblia nos ensina a viver.
De fato, sua reticência em falar com a pessoa pode ser um bom sinal. Isso provavelmente mostra que você está ciente de seu próprio pecado e de suas próprias lutas, o que irá impedi-lo de aparecer como o bonzão. Se você está animado sobre a conversa e ansioso para o confronto, provavelmente é um bom sinal de que você não está pronto para tê-lo.

3. Certifique-se que a pessoa saiba que você se preocupa com ela. Você pode dizer algo mais ou menos assim. "Maria, isso pode ser um pouco estranho, mas eu quero falar com você sobre algo que pode ser importante. E eu quero que você saiba que a única razão por que eu estou falando isso é que eu realmente me importo com você. Seria muito mais fácil para mim simplesmente ignorar este fato, mas eu não quero fazer isso porque penso que você é um dos meus verdadeiros amigos."

4. Não suponha que você está certo em sua avaliação da situação. Pode haver mais coisa na história do que você está ciente. Outro exemplo: "João, eu não tenho certeza se estou certo sobre isso, mas aqui está o que eu acho que percebo… Pode ser que haja muita coisa acontecendo que eu não vejo. Talvez eu possa estar equivocado."

5. Não espere uma resposta imediata. Você pode dizer: “Não sinta qualquer pressão para responder agora. Tudo que peço é que pense e ore sobre isso. Se você acha que eu estou falando sem base, diga-me.”

6. Não tome a primeira resposta como a resposta final. Algumas pessoas podem ficar com raiva num primeiro momento, mas depois, quando elas estiverem sozinhas, com tempo para processar o que você disse, elas poderão ter uma opinião diferente sobre a situação.

7. Se explique. Se a pessoa com que você está falando ficar com raiva ou excessivamente defensiva, você pode dizer: "Sei que você está chateado comigo. Sinto muito, porque eu realmente não queria que isso acontecesse. Eu só estava tentando fazer por você o que eu quero que você faça por mim. Eu o considero um bom amigo e quero que você saiba que eu estou sempre do seu lado."

8. Nem sobre tudo vale a pena falar com alguém. Se tivermos uma conversa sobre todos os pecados que nós vemos ou sobre toda decisão de uma pessoa com que discordamos, então nós vamos falar com as pessoas sobre isso o tempo todo. E isso não é bom para nós nem para eles. Eu acho que você pode aplicar a Regra de Ouro para cada situação e perguntar: "Se eu estivesse na situação do meu amigo, eu gostaria que ele me falasse sobre essa questão."


Traduzido por Gustavo Vilela | iPródigo
Retirado de iPródigo



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- Cuidado com o Pecado
- O Poder das Palavras
- O Ministério da Reconciliação e o Perdão

Julgamento

Por Jeff Lacine

Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? (1 Coríntios 5:11-12)

É perigoso não ser julgado. Nós precisamos de outras pessoas que nos julguem, com julgamento justo (João 7:24). Precisamos prestar contas. Se não tivermos amigos cristãos que sejam próximos o suficiente para nos confrontar quando nossa vida não combinar com nossa confissão, então devemos tremer.

O tipo de julgamento a que eu me refiro não é aquele gerado pelo desejo de diminuir os outros ou por causa do sentimento de superioridade – numa disposição paternalista. Pelo contrário, vem de uma tenra disposição de amor. Vem de um Natã que está disposto a dizer a Davi que ele deve se arrepender e voltar para Deus (2 Samuel 12).

Devemos temer a Deus à luz do pecado que pode nos enganar e destruir. Não devemos temer o julgamento que vem de amigos na igreja que nos ajuda a lutar contra o pecado. Isso é graça!

É infinitamente mais seguro ser parte de uma igreja local que se preocupa com nossas almas. Glória a Deus pela segurança que há no julgamento justo de seu povo. É graça do céu!

Traduzido por Daniel TC | iPródigo | Original aqui.
Retirado de iPródigo

Avivamento - Parte 2



Bom, vamos a segunda parte do sermão de Charles Spurgeon sobre o Avivamento na Igreja. Na primeira parte foi apresentada a base para a convicção de que precisamos de um avivamento. Na segunda parte veremos a solução desse grande problema que enfrentamos.


Aviva-nos Ó Senhor!!

Por Charles Spurgeon

Habacuque orou: "Aviva a tua obra, ó SENHOR!". Você ouve esse clamor por avivamento? Este é o nosso problema: há muitos que afirmam desejar o avivamento, mas não clamam por ele, não aspiram a ele.

O verdadeiro cristão, quando confrontado com a necessidade de avivamento pessoal, terá aspiração. Insatisfeito, imediatamente se esforçará para alcançá-lo. O verdadeiro cristão orará dia e noite: "Aviva a tua obra, ó SENHOR!".

Eu perguntaria apenas isto aos que sentem a necessidade de um avivamento pessoal: você pode aspirar ao seu avivamento? Se puder, então, aspire! Que Deus se agrade de lhe conceder a graça de continuar clamando. Então, transforme sua aspiração em oração.

Transforme sua aspiração em oração. Não diga: "Senhor, sinto necessidade de avivamento. Pretendo cuidar disso hoje à tarde — então começarei a avivar minha alma". Não tome nenhuma decisão sobre o que você fará: suas decisões certamente serão frustradas. Em vez de tentar avivar a si mesmo, ore. Não diga: "Vou me avivar", mas clame: "O Senhor, aviva tua obra".

Dizer: "Vou me avivar" mostra que você não conhece sua verdadeira condição. Se a conhecesse, não tentaria avivar a si mesmo sem a ajuda de Deus, assim como ninguém espera que um soldado ferido em batalha cure a si mesmo sem remédio ou que procure ele mesmo o hospital, tendo as pernas e os braços feridos.

Insisto: não faça nada sem antes orar a Deus e clamar: "Aviva a tua obra, ó SENHOR!". Comece por se humilhar, abandonando toda esperança de avivar a si mesmo, mas comece logo a orar com convicção e a suplicar sinceramente a Deus: "O Senhor, faça por mim o que não consigo fazer por mim mesmo. O Senhor, aviva tua obra!".

Acredito que a ausência da sã doutrina é outra prova de que a Igreja precisa de avivamento. Em certo sentido, a sã doutrina desapareceu. Aconteceu quando os pregadores deixaram de pregar a sã doutrina com receio de serem mal recebidas. Pararam de falar de "eleição", "depravação" e "graça ilimitada" porque achavam que o povo se desinteressaria dessa mensagem.

Semelhantemente, os membros de igreja se enfraqueceram na doutrina. Os membros de igreja hoje mudam de doutrina com tanta freqüência quanto trocam de amizades. Dificilmente constituem o tipo de pessoa que morrerá por suas convicções. Observe sua frouxidão! Eles têm o que chamam "reuniões de oração". Deveriam ser chamadas "reuniões dos remanescentes", pois são freqüentadas por uns poucos.

Alguns concordarão comigo em que a Igreja precisa de avivamento, mas peço que, em vez de reclamar de seu pastor, em vez de achar defeitos em alguns aspectos da Igreja, você clame: "Aviva a tua obra, ó SENHOR".

Alguém dirá: "Ah, se tivéssemos outro pastor! Ah, se tivéssemos outro estilo de culto! Ah, se tivéssemos outro tipo de pregação!". Você não precisa de novos estilos ou de gente nova: você precisa de vida naquilo que tem. Se você quiser mover um trem, não precisa de uma locomotiva nova ou mesmo de dez locomotivas: você precisa acender o fogo e fazer o vapor mover a locomotiva que você tem!

A igreja não precisa de nova pessoa ou novo plano, mas precisa da vida de Deus neles. Pecamos isso a Deus! Talvez ele esteja pronto para chacoalhar o mundo desde os fundamentos. Talvez mesmo agora ele esteja pronto para derramar uma grande influência sobre seu povo, que tornará a Igreja desta geração viva como nunca antes.



Retirado de Charles Haddon Spurgeon






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Avivamento - Parte 1



Bom, vou dividir esse sermão em 2 postagens.
Nessa primeira parte será apresentada a base para a convicção de que precisamos de um avivamento. Na segunda parte veremos a solução desse grande problema que enfrentamos.


Aviva-nos Ó Senhor!!

Por Charles Spurgeon

Texto das Escrituras: "Aviva a tua obra, ó SENHOR" (Habacuque 3.2).

Toda verdadeira religião é obra de Deus. Deus é, de fato, o autor da salvação no mundo, e a religião é obra da graça. Se houver alguma coisa boa e extraordinária na Igreja, isso também é obra de Deus, do início ao fim.

É Deus quem aviva a alma que estava morta e quem preserva a vida dessa alma. Deus nutre e aperfeiçoa essa vida na Igreja. Não atribuímos nada a nós mesmos, mas tudo a Deus. Não ousemos sequer um instante pensar que nossa conversão ou nossa santificação é efetuada por esforço nosso ou de outros.

Portanto, confiando no Espírito de Deus que me ajuda, vou procurar aplicar esse princípio primeiramente a nossa alma de modo pessoal, depois à igreja em geral.

Então, vejamos primeiro quanto a nós mesmos. Muitas vezes maltratamos a Igreja quando o açoite deveria flagelar nossos ombros. Devemos sempre lembrar que fazemos parte da Igreja e que nossa falta de avivamento está de alguma maneira relacionada à falta de avivamento da Igreja em geral. Faço a seguinte acusação contra nós: nós, cristãos, precisamos em nossa vida de um avivamento de devoção. Tenho razões abundantes para provar isso.

Em primeiro lugar, observe a conduta e as conversas de muitos de nós, que professamos ser filhos de Deus.

Nos dias de hoje, é muito comum alguém tornar-se membro da Igreja. Mas isso significa que hoje há menos enganadores que antes? Menos fraudes são cometidas? A moralidade tem aumentado? Vemos os vícios diminuir? Não, não vemos nada disso. Nossa geração é tão imoral quanto qualquer outra que nos precedeu. Existe o mesmo tanto de pecado, embora talvez hoje ele seja mais disfarçado.

É do conhecimento de todos que ser membro de uma igreja não garante que a pessoa seja honesta. A vida de muitos membros de igreja oferece ao mundo motivos para indagar se existe alguma devoção em nós. Ambicionamos dinheiro, cobiçamos, seguimos a perversidade desse mundo, oprimimos o pobre e negamos os direitos da classe trabalhadora — contudo, professamos ser povo de Deus! A Igreja precisa de avivamento na vida de seus membros.

Em segundo lugar, observemos a conversa de muitos cristãos professos. Preste atenção à conversa do cristão mediano. Você pode passar o ano inteiro, desde o primeiro dia de janeiro até o último dia de dezembro, sem ouvi-lo falar de sua fé. Ele raramente menciona o nome de Jesus Cristo. Sobre o que conversa no domingo, na hora do almoço? Sem dúvida, não será sobre a mensagem do pastor, a não ser para criticar as falhas.

Alguma vez conversará sobre o que Jesus disse ou fez? Sobre quanto Ele sofreu? Quando vamos visitar alguém, de que falamos? Concluo o seguinte: você nunca saberá como chegar ao céu se ficar apenas escutando a conversa de certos membros de igreja! Falamos muito pouco sobre o Senhor, não é verdade? Muitos cristãos estão precisando orar assim: "O Senhor, aviva tua obra em minha alma, para que minha conversa possa ser mais semelhante a Cristo, temperada com sal, preservada pelo Espírito Santo!".

Todavia, mesmo que nossa conduta e nossas conversas fossem mais consistentes com nossa fé, eu ainda faria esta terceira acusação contra nós: há muito pouca comunhão verdadeira com Jesus Cristo. Se, pela graça de Deus, nossa conduta e nossas conversas fossem consistentes e nossa vida fosse impecável, muitos de nós estaríamos em falta diante do que chamamos "santa comunhão com Jesus".

Permitam-me perguntar: quando foi a última vez que tiveram uma conversa íntima com Jesus Cristo? Alguns de vocês poderão dizer: "Falei com ele hoje mesmo pela manhã. Contemplei sua face com alegria". Contudo, temo que a maioria dirá: "Há meses que não falo com o Senhor".

O que você está fazendo com sua vida? Cristo está vivendo em sua casa, e mesmo assim você não conversa com ele há meses? Não me deixe condenar ou julgar você, mas permita à sua consciência falar: não estamos, de fato, vivendo sem Jesus? Não temos estado mais contentes com o mundo, enquanto negligenciamos a Cristo?


Retirado de Charles Haddon Spurgeon







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Amor e Prova

"Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam." Tiago 1:12

Sim, é bem-aventurado enquanto está suportando a prova. Nenhum olho pode ver isso enquanto não tenha sido ungido com o colírio celestial. Porem deve suportá-lo, e não deve se rebelar contra Deus, nem apartar-se de sua integridade. O que há atravessado em meio do fogo e não foi consumado como uma falsificação, é bem-aventurado.

Quando a prova houver terminado, então vem o selo da aprovação divina: "a coroa de vida." Como se o senhor dissera:" que viva; pesado foi em balança, e não foi achado em falta." A vida é a recompensa, a realização do propósito divino concernente a nós. Uma forma mais elevada de vida espiritual e gozo já coroa aqueles que passaram com segurança as provas mais ferinas de fé e amor. O Senhor há prometido a coroa da vida para os que lhe amam. Somente os amantes do Senhor suportarão na hora da prova; o resto ou afundará, ou se abaterá, ou regressará ao mundo. Vamos, coração meu, amas tu a Teu Senhor? Verdadeiramente? Profundamente? Inteiramente? Então, esse amor será provado; porém, as muitas águas não poderão apagar-lhe, nem os rios lhe afogar. Senhor, que Teu amor alimente meu amor até o final.


Fonte: Talonário do Banco da Fé
Tradução: Projeto Spurgeon

Retirado de Projeto Spurgeon




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A influência dos Amigos

A pressão e a influência de amigos podem ser boas! Jesus descreveu os seus discípulos como o sal da terra e a luz do mundo (Mateus 5:14-16). Ele lhes disse que brilhasse “também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Devemos influenciar e afetar as vidas dos outros. Influenciar e ensinar não são tarefas apenas para os santos mais velhos. Há algo especial sobre um jovem que dá um bom exemplo.

Devemos tomar uma abordagem equilibrada para o nosso relacionamento com aqueles do mundo e reconhecer o perigo que possa estar presente. Em 1 Coríntios 15:33, Paulo claramente nos fala que “as más conversações corrompem os bons costumes”. Um dos motivos que os maus companheiros, muitas vezes, têm uma influência que corrompe é visto em Deuteronômio 22:10. Aí a lei proibia que lavrasse com junta de boi e de jumento. Pense nisso um pouco – um boi forte, grande, de ombros largos no mesmo jugo com um jumento diminutivo. Isso simplesmente não seria justo ou humano. O boi tem uma vantagem óbvia e influência superior em relação às ações do jumento. O mesmo é verdade entre algumas pessoas. Se os nossos amigos mundanos têm os gênios mais fortes e são mais influentes que nós, então estaríamos em jugo desigual. Acho que você consegue ver como tal influência corromperia boas morais.

Muitas vezes a pressão dos outros vêm por causa de sua própria culpa. Pedro fala daqueles que “difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão” (1 Pedro 4:3-4). Isso acontece porque aqueles envolvidos com o pecado não querem que as suas práticas más sejam expostas pelo exemplo justo de outro (veja João 3:19-21). Se puderem corromper os justos então há uma luz justa a menos expondo a sua corrupção. Assim as suas consciências são momentaneamente aliviadas.

A escolha de amigos é uma das decisões mais desafiadoras e importantes de um jovem cristão. Os amigos ou encorajarão e apoiarão a espiritualidade ou promoverão e encorajarão as coisas do mundo. Considerem, por um momento, o exemplo de Salomão. Em 1 Reis 3:16-28, Salomão tomou tempo do seu horário agitado de rei para ouvir a discussão de duas prostitutas. Movido pela compaixão e preocupação com a vida de um bebê inocente, Salomão usou de sua sabedoria para assegurar o lugar do bebê ao lado da sua verdadeira mãe. Porém, em 1 Reis 11:7, encontramos Salomão construindo um altar para o abominável Moloque. Este ídolo nojento tinha uma barriga que era forno e aceitava o sacrifício de bebês vivos. O que aconteceu? O que fez com que Salomão mudasse? 1 Reis 11:1,4 nos diz o que houve. Salomão casou com muitas mulheres estrangeiras e quando ele ficou velho “suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses”. Se um homem com a sabedoria de Salomão pôde ter o seu coração desviado do Senhor pela influência de amigos, certamente eu enfrento o mesmo perigo. A escolha de amigos é uma das decisões mais importantes da vida.

Não podemos evitar a influência do mundo, mas podemos limitar e controlar os seus efeitos em nossas vidas. Muitas vezes ouvi explicarem assim: Não podemos evitar que os pássaros voem por cima das nossas cabeças, mas podemos evitar que se aninhem no nosso cabelo! Ou, se você deitar com os cães não se surpreenda se acordar com pulgas!

- por John A. Smith

Retirado de Estudos da Bíblia



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Ações Amorosas Falam Claramente

[Vivam como convém,] Com toda a humildade (modéstia) e mansidão (altruísmo, gentileza, suavidade), com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor
Efésios 4.2

É bom que os membros não convertidos de sua família o vejam estudando a Bíblia, indo à igreja, e produzindo o fruto do Espírito. Mas sua família pode ser mais receptiva ao evangelho se você ministrar às suas necessidades. Ministrar-lhes pode requerer que você desista de uma reunião de oração para fazer algo com eles, tal como pescar ou fazer compras com sua esposa, ajudar seu filho a consertar o carro ou levar sua filha para almoçar.

A Bíblia diz que o homem natural não compreende o homem espiritual (veja em Coríntios 2.14). Falar de forma espiritual nem sempre faz sentido para pessoas não convertidas, mas atitudes amorosas falam claramente a elas. Caminhe na unção do amor hoje: seja amável, alegre, pacífico e estável. Deixe Deus amar os outros através de você.

Escrito por Joyce Meyer




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- O Amor é a Suprema Graça Cristã

O Amor é a suprema Graça Cristã

"O fruto do Espírito é amor". Na verdade Paulo menciona um conjunto de nove qualidades que, juntas, ele chama de "fruto" do Espírito; o amor, porém, tem o lugar de honra.

E salutar perguntarmos a nós mesmos: qual é a principal marca distintiva de um cristão? Qual é o símbolo que comprova a autenticidade dos filhos de Deus? A resposta varia de pessoa para pessoa.

Resumindo, o conhecimento é vital, a fé é indispensável, a experiência religiosa é necessária e o serviço é essencial; Paulo, contudo, dá precedência ao amor. O amor é a coisa mais importante do mundo, pois "Deus é amor" no mais íntimo do seu ser. Pai, Filho e Espírito estão eternamente unidos um ao outro em amor que se doa pelo outro. Portanto, aquele que é amor e que derramou o seu amor sobre nós convida-nos a devolver esse amor, amando a ele e também uns aos outros. "Nós amamos porque ele nos amou primeiro." O amor é a marca principal, o selo de excelência, o símbolo supremo que distingue o povo de Deus. Nada pode desarraigá-lo nem substituí-lo. O amor está acima de tudo.

Em segundo lugar, o amor traz alegria e paz, pois "o fruto do Espírito é amor, alegria, paz". A seqüência, aqui, é deveras significativa.

Os seres humanos sempre viveram em busca de alegria e paz, se bem que geralmente se empregue a palavra "felicidade", mais secular. Os cristãos, porém, sentem-se na obrigação de acrescentar que quem procura a felicidade nunca a encontrará. A alegria e a paz são bênçãos extremamente ilusórias. Acontece que a alegria e a paz não são alvos que se possam perseguir; elas são subprodutos do amor. Elas nos são concedidas por Deus, não quando nós as buscamos, mas quando buscamos a Ele e aos outros em amor.


Escrito por John Stott.




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Único Sinal Seguro da Eleição

A santificação é o único sinal seguro da eleição divina. Sem dúvida, os nomes e o número dos eleitos são segredos, o qual Deus, sabiamente, reservou para a Sua própria autoridade, não os revelando ao homem. Mas se há algo claro ensinado acerca da eleição é o seguinte: os eleitos podem ser conhecidos e distinguidos por suas vidas santas. Está expressamente escrito que eles foram "eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito", "desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito", "predestinados para serem conformes à imagem de Seu Filho", "escolhidos nele antes da fundação do mundo, para serem santos e irrepreensíveis perante ele". Por conseguinte, quando o apóstolo Paulo percebeu a "fé" atuante, o "amor" operante e a "esperança" paciente dos crentes de Tessalônica, disse: "...reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição" (I Pe. 1:2; II Ts. 2:13; Rm. 8:29; Ef. 1:4; I Ts. 1:3,4). Aquele que presume ser um dos escolhidos de Deus, ao mesmo tempo em que habitualmente vive em pecado, está apenas enganando a si mesmo. Naturalmente, é difícil saber o que as pessoas realmente são; e muitos daqueles que exibem religiosidade externamente, na realidade podem ser hipócritas de coração apodrecidos. Mas, onde não há pelo menos alguma aparência de santificação, podemos ter boa margem de certeza de que também não há eleição. O catecismo da nossa igreja ensina que o Espírito Santo "santifica todos os eleitos de Deus".

A santificação é algo que sempre será visto. Toda árvore é reconhecida pelo seu próprio fruto (Lc. 6:44). Uma pessoa verdadeiramente santificada pode ser tão humilde que nada veja em si mesma senão fraqueza e defeitos. Tal como Moisés, ao descer do monte, pode não ter consciência de que o seu rosto resplandece. À semelhança dos justos, na tremenda parábola das ovelhas e dos bodes, pode não perceber que tem feito alguma coisa digna da atenção e do elogio do seu Senhor: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?" (Mt. 25:37). Mas, sem importar se ele tem consciência disso ou não, outros sempre verão nele um tom, um gosto e um caráter, um hábito de vida diferente dos outros homens. A própria idéia de que um homem pode estar "santificado", ao mesmo tempo em que não se pode ver santificação em sua vida, não passa de franca insensatez, de abuso de palavras. A luz pode brilhar muito debilmente; mas, se ao menos houver uma fagulha em uma sala escura, ela será vista. A vida pode ser muito débil, mas se o pulso bate, embora fracamente, será sentido. O mesmo acontece com o indivíduo santificado; a sua santificação será algo percebido e visto. Um "santo" em quem coisa alguma pode ser vista, senão mundanismo ou pecado, é uma espécie de monstro que a Bíblia não aprova!

Escrito por J. C. Ryle




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Fome de Deus

John Piper definiu jejum como fome de Deus. Nossa maior necessidade não é das bênçãos de Deus, mas do Deus das bênçãos. Nossa alma tem fome e sede de Deus. Deus colocou a eternidade em nosso coração. Só o Deus eterno pode dar pleno significado à nossa vida e satisfazer a nossa alma. 

O maior inimigo da fome de Deus não é veneno, mas uma torta de maça. Muitas vezes, o que nos priva da fome de Deus não é o veneno do mal, mas os simples prazeres da terra (Lc 8:14; Mc 4:19). “Os prazeres desta vida” e “os desejos por outras coisas” – não são necessariamente coisas más em si mesmas. Não são vícios. São dons de Deus. Essas coisas podem ser a nossa refeição básica, leitura, viagens, negócios, televisão, Internet, compras, exercícios, esportes, e casamento. Todas essas coisas boas em si mesmas podem ser mortais substitutos de Deus para a nossa alma. Coisas boas podem fazer grandes estragos em nossa vida espiritual. Nada deve se interpor no caminho do verdadeiro discipulado, nem coisas más, nem coisas boas, nem alimento, nem qualquer outra coisa.

Nosso amor por Deus é provado não apenas por palavras, mas sobretudo, pelo sacrifício. Realmente temos fome por Deus? Sentimos saudade de Deus? Ou temos começado a estar contentes apenas com os seus dons? Richard Foster diz que mais do que qualquer outra disciplina, o jejum revela as coisas que nos controlam. O jejum revela a medida do domínio do alimento, da televisão, do computador, ou qualquer outra coisa sobre nós, que sempre e sempre está aplacando a nossa fome de Deus.

Quanto mais profundamente nós andamos com Cristo, mais fome de Cristo nós sentimos, mais saudade do céu nós sentimos, mais desejo da plenitude de Deus nós temos. Quanto mais jejuamos, mais sentimos o sabor do pão céu, mais desejamos o domínio do céu sobre a nossa vida na terra, mais desejamos que o Reino de Deus seja estabelecido em nosso coração. Se nós não estamos sentindo intenso desejo da manifestação da glória de Deus em nossa vida, não é porque nós já temos bebido o suficiente das fontes de Deus, mas porque estamos nos alimentando apenas das mesas do mundo. É tempo de jejuar! Através dele humilhamo-nos diante do trono do Deus vivo. Através dele voltamo-nos de coração para o Senhor. Através dele somos fortalecidos com poder. Através dele podemos ver a restauração e o despertamento da nossa igreja. Através dele participamos dos banquetes de Deus e saboreamos as doces iguarias do céu!

Escrito por Rev. Hernandes Dias Lopes.




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Cuidado com o pecado

O pecado é uma fraude. Promete prazer e paga com o desgosto. Faz propaganda de liberdade, mas escraviza. Levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte. Tem um aroma sedutor, mas ao fim cheira a enxofre. Só os loucos zombam do pecado. O pecado é maligníssimo. Ele é pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença. Enfim, o pecado é pior do que a própria morte. Esses males todos não podem destruir sua alma nem afastar você de Deus, mas o pecado arruína seu corpo, sua alma e afasta você eternamente de Deus.

O rei Davi mais do que ninguém sentiu na pele e na alma a tragédia do pecado. Destacaremos três fatos dolorosos acerca do pecado do que aconteceu com Davi.

1. O pecado vai levar você mais longe do que você quer ir – Quando Davi viu Bate- Seba se banhando e a cobiçou, adulterando com ela em seguida, não podia imaginar o fim daquele túnel. Talvez pensasse que seria apenas uma aventura numa tarde de verão. Talvez até tivesse racionalizado e justificado seu ato tresloucado, dizendo que tinha que relaxar um pouco. Mas, o pecado não é algo passageiro nem superficial. Seus efeitos são profundos e mais duradouros do que você pode imaginar. Davi além de adulterar com Bate-Seba deu outros passos rumo ao abismo. Ele mentiu acerca do seu pecado e mandou matar o marido da sua amante. Ele perdeu a autoridade espiritual sobre sua família. Ele viu sua casa desmoronando diante dos seus olhos. Ele colheu os amargos frutos da sua maldita semeadura. Muitas pessoas passam a vida inteira chorando por uma decisão errada feita apenas num instante. Pagam um alto preço por uma desobediência. Choram amargamente por tomar uma direção errada na vida. Cuidado com o pecado, pois ele pode levar você mais longe do que você quer ir.

2. O pecado vai reter você mais tempo do que você quer ficar – Davi não calculou o alto custo daquela tarde em que foi dominado pela volúpia e pela paixão. O adultério com Bate-Seba teve desdobramentos dolorosos para Davi, sua família e toda a nação. O pecado de Davi não atingiu apenas a ele e sua geração, mas também a todas as gerações pósteras. Durante todos os séculos esse pecado tem sido relembrado e a memória de Davi manchada. O fiel pastor de ovelhas, o inspirado compositor, o músico de qualidades superlativas, o líder influenciador, o rei conquistador teve sua biografia maculada por esse grave pecado e seus tenebrosos desdobramentos. O pecado começa tênue como um fiapo de linha, mas depois se torna como as grossas correntes que prendem um navio ao cais. O pecado é como a nascente do Rio Amazonas. No seu nascedouro, as águas são rasas e até uma criança pode brincar em seu leito, mas depois, com a soma dos muitos afluentes, esse rio se torna um mar instransponível e inadiministrável. Cuidado com o pecado, pois ele pode reter você mais tempo do que você quer ficar.

3. O pecado vai lhe custar mais caro do que você quer pagar – O pecado de Davi lhe custou muito caro. Ele perdeu a intimidade com Deus. Durante um longo período, viveu atrás de máscaras, escondendo o seu pecado e atraindo sobre si o justo juízo de Deus. A mão de Deus pesava sobre ele dia e noite, e o seu vigor se tornou em sequidão de estio. Depois, Davi perdeu sua reputação. Os ímpios blasfemaram do nome de Deus por causa de sua loucura. Depois Davi perdeu o filho do adultério. A criança morreu a despeito da insistente petição de Davi. Este teve ainda outras perdas. Sua filha Tamar foi desonrada pelo próprio irmão Amnon. Absalão irmão de Tamar, mandou matar seu próprio irmão Amnon para vingar o que este havia feito com ela. Depois, Absalão rebelou-se e conspirou contra Davi, seu pai, para tirar-lhe a vida e tomar-lhe o reino. E nessa empreitada, Absalão é assassinado por Joabe, comandante do exército de Davi. Tragédias e mais tragédias desabaram sobre a vida de Davi. Jamais ele podia imaginar que o pecado fosse ter um preço tão alto. Cuidado com o pecado, pois ele vai lhe custar mais caro do que você quer pagar.


Escrito por Rev. Hernandes Dias Lopes



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Legalismo vs Busca pela Santidade

"Como diferenciar uma pessoa legalista de alguém que deseja sinceramente melhorar como pessoa, julgando o certo e o errado?"


Há uma diferença muito grande entre preocupar-se com a lei e ser legalista. As escrituras aprovam a preocupação - movida pelo amor - com o cumprimento da vontade moral de Deus; e ao mesmo tempo condenam a obsessão neurótica - movida pelo medo - com a lei.

Então, qual é a diferença entre ser santo e ser legalista?



▸ O santo se relaciona com Deus em amor, o legalista procura cumprir a lei em temor servil.

▸ O santo sabe que entrará no reino dos céus pelo sacrifício de um outro que foi espancado e morto em seu lugar, o legalista não consegue entender uma relação com Deus que não seja baseada em performance.

▸ O santo cai e se levanta, confiando mais na misericórdia de Deus do que na sua inocência, o legalista só se perdoa depois de haver expiado pessoalmente a sua culpa.

▸ O santo se relaciona com Deus através de Cristo, o legalista se relaciona com Deus através da lei.

▸ O santo usa as Escrituras para revelar o amor gracioso de Deus pelos pecadores, o legalista usa a Bíblia para justificar a sessão de apedrejamento do que pecou.

▸ O santo surpreende-se com a doçura da graça de Deus, o legalista espanta-se com a estreiteza do caminho que leva ao céu.

▸ O santo é bom e justo, já o legalista costuma ser apenas justo. Em suma, o santo é justo, o legalista é justiceiro.

▸ O santo tem sempre alguém na vida com quem pode falar sobre suas fragilidades morais, o legalista procura ocultá-las até de si mesmo.

▸ O santo surpreende-se com a condescendência divina em face da sua fraqueza moral, o legalista não entende como não é mais abençoado em face do seu desempenho ético.

▸ O santo se relaciona com Deus através de Cristo, o legalista se relaciona apenas com Deus. Por isso, o santo encontra o Pai, o legalista o Diabo.


Rev. Antônio Carlos Costa


Adaptado de Genizah




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Choro de arrependimento

"...E, retirando-se dali, chorou." (Marcos 14:72)

Têm sido considerado por alguns que, enquanto Pedro viveu, a fonte de suas lágrimas começava a jorrar sempre que se lembrava de sua negação do seu Senhor. Não é improvável que fosse assim (por ser seu pecado muito grande, e a graça ter posteriormente feito nele um trabalho perfeito). Esta mesma experiência é comum a toda a família dos remidos de acordo com a proporção com que o Espírito de Deus tenha removido o coração de pedra original.

Nós, como Pedro, lembramo-nos da nossa presunçosa promessa: "Ainda que todos os homens venham a renunciar a Ti, eu não irei". Nós engolimos nossas palavras com as ervas amargas do arrependimento. Quando pensamos sobre o que nós prometemos que seríamos, e o que temos sido, podemos chorar inteiras chuvas de tristeza. Ele pensou em sua negação de seu Senhor. O lugar onde fez isto, o motivo mesquinho que o levou a tão abominável pecado, o juramento e a blasfêmia com os quais tentou corroborar sua falsidade, e a terrível dureza de coração que o levou a fazê-lo de novo e de novo ainda.

Pedro também pensou sobre o olhar de amor de seu Mestre. O Senhor seguiu de perto o cantar de aviso do galo com um olhar admonitório de pesar, piedade e amor. Aquele golpe de vista nunca saiu da mente de Pedro por quanto ele viveu. Foi muito mais efetivo do que dez mil sermões poderiam ter sido sem o Espírito. O penitente apóstolo estaria certo de chorar quando recolhesse o pleno perdão do Salvador, o qual o restaurou à sua condição anterior. Pensar que nós temos ofendido tão amável e bondoso Senhor é mais do que razão suficiente para sermos constantes pranteadores. Senhor, atinja nossos corações de pedra, e faça as águas fluírem.


Retirado de Projeto Spurgeon




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Evangelização - A estratégia da Conquista

"Persuadiste-me, ó SENHOR, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu, e prevaleceste..." (Jeremias 20:7).

O texto bíblico contido no livro do profeta Jeremias nos indica um sublime caminho em direção à forma de evangelizar.

Muitos de nós conhecemos a história do Pequeno Príncipe, clássico infanto-juvenil de Saint-Exupéry. Em certo trecho do livro, o principezinho encanta-se com a beleza de uma raposinha e lhe diz: "venha aqui brincar comigo". Mas a raposinha responde: "Eu não posso... não fui cativada ainda...". O príncipe lhe pergunta o que significa cativar, e a raposa responde: "Cativar é criar laços. Você não é para mim nada mais do que um menino entre outra centena de meninos. E para você, eu sou apenas uma raposa, como outras tantas raposas. Mas se você me cativar, nós sentiremos falta um do outro. Você será para mim o único no mundo e eu seria para você a única no mundo". Depois disso, dia após dia, o pequeno príncipe aproximava-se pouco a pouco da raposinha. Ambos se cativaram.

Cativar alguém é um ato elevado. E é assim que Jeremias descreve a ação de Deus. Ele o cativou, o seduziu. E ao agir assim, revelou-se não como um Deus preocupado com mais um, mas um Deus cuja marca central é a pessoalidade, o amor, a gratuidade, o encanto. Isso nos leva a compreender melhor o que significa a palavra evangelizar. Não é somente convencer alguém a respeito de certas doutrinas. Mais do que isso, é cativar as pessoas, compartilhar com elas nossa própria vida, tal como Cristo fez (e faz) conosco. Foi o que aconteceu entre o pequeno príncipe e a raposinha – ambos compartilharam seu tempo um com o outro.

O principal objetivo da aproximação é servir, compartilhar Cristo e contribuir para que a vida do nosso próximo seja mais livre, feliz, realizada e completa.

Quando a evangelização começar a acontecer em outra perspectiva, com encanto e ternura, haverá mais abraços e a saudação de paz será realmente sinal de reconciliação entre Deus e entre nós, sinal de restauração de relações rompidas, sinal de graça nas ruas e praças. E nós temos urgência disso, principalmente em nosso mundo, tão marcado pela violência e perda de sensibilidade.

Espero que o texto de Jeremias nos ensine a compreender a evangelização numa nova perspectiva. A opção pelo abraço, o encanto, a poesia, o despertar da sensibilidade, do carinho e da acolhida. E que a graça de Deus me ajude a cativá-los...

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" (Antoine de Saint-Exupery)

Extratos do livro "Entre o Púlpito e a Universidade"
Carlos Calvani


Retirado de Reflexos Teológicos




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- Amor doador e perdoador

Na tortura, em quanto tempo você negaria Jesus?

Galera, vi o link para está mensagem no twitter.
Li e achei muito forte, porém, infelizmente, verdadeira...
Achei bacana compartilhar


Na tortura, em quanto tempo você negaria Jesus?

Veja que nessa pergunta há apenas um questionamento: em QUANTO tempo eu negaria Jesus. Eu tenho certeza que em minhas fraquezas EU NEGARIA ELE. A questão é apenas: “em quanto tempo?”

Resolvi falar sobre mim, porque pelo que eu vejo, alguns cristãos/crentes são fortes demais ou orgulhosos o bastante para admitirem publicamente que NEGARIAM JESUS.

Pedro fez isso 3 vezes, eu faria com certeza. E tenho perguntado para meu Pai: “Senhor, quanto tempo eu aguentaria sofrer, ser humilhado, espancado por amor a ti? Quero suportar em amor o máximo possível, dá-me força, coragem e uma fé verdadeiramente forte e sólida em Ti.”

Hoje, eu vejo alguns crentes dizerem: - Fui demitido do meu trabalho, isso é uma perseguição. Estou sendo perseguido entre os meus amigos porque sou crente.... entre outras coisas que sabemos que dizem no meio evangélico. Qualquer probleminha, qualquer dificuldade, qualquer palavra abala os “crentes” de hoje. Coitadinhos, não fale mal dos crentes, eles não suportam oposição, eles não suportam uma perseguição tão violenta assim. Blá, blá, blá... Crentes de papel como eu.

Lendo as revistas que recebo da Missão Portas Abertas sobre a Igreja Perseguida, fico pasmo! Como podem pessoas ainda hoje em dia perderem TUDO por amor à Cristo? Pessoas irem para a cadeia por amor à Jesus?!! E eu aqui, sentado no meu escritório, com um notebook, escrevendo um blog, falando de Jesus e não sofrer NADA!?? Então Deus me explicou o que eu mais temia, falou claro pra mim:

- Soli, você está aí porque EU sei que você não aguentaria ser perseguido por amor à mim.

Que vergonha! Somos colocados exatamente onde merecemos e nenhuma provação ou tentação chegará a nós que não possamos suportar (1 Cor. 10:13). Então, se você também não é perseguido pela sua fé de SUPERCRENTE, parabéns! Bem vindo ao clube dos que “Não suportariam ser torturados por amor à Cristo.”

Mas quero fazer a pergunta novamente para você.

Na tortura, EM QUANTO TEMPO você negaria Jesus?


Um Grande abraço à todos.

NELE que conhece e sabe das nossas fraquezas e pecados, mesmo assim nos ama sempre, como fez com Pedro. NELE que é a nossa vergonha e ao mesmo tempo a nossa vitória.

S. Limberger


Retirado de Buscai o Reino




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Perdão

Oi pessoal,

Eu estava meditando nas Escrituras e me deparei com o episódio em que Jesus é testado pelos Fariseus. Eles trouxeram até o Senhor uma mulher que havia sido achada em adultério. A Lei ordenava que ela fosse apedrejada, e eles perguntaram a Jesus o que Ele dizia a respeito disso.

Jesus Se abaixa e começa a escrever na areia. Eles continuaram a questioná-lo, e Ele Se levantou e disse: “Se alguém entre vós não tem pecado, seja esse o primeiro a atirar uma pedra nela” Jo8:7.

Ele Se abaixou de novo e continuou a escrever. Não sabemos o que Ele escrevia, mas muitos pensam que poderia ser o nome de amantes de alguns ali, ou o nome dos pecados dos acusadores daquela mulher. Enfim, o que sabemos é que aqueles homens, a começar dos mais velhos até os mais jovens, foram embora e a mulher ficou sozinha, em pé, diante de Jesus.

Outra vez Ele Se levanta. Ele pergunta a ela onde estão os seus acusadores. Todos se foram sem condená-la, responde a mulher. E então, as palavras mais libertadoras que alguém poderia ouvir saem da boca do Senhor Jesus: ” Nem eu te condeno. Vá e deixe sua vida de pecado”.

Ele, o único que não tinha pecado algum, o único que poderia realmente atirar uma pedra naquela mulher, não a condenou. Pelo contrário, sabemos que Ele assumiria o lugar dela e receberia todas as “pedradas”, todas as dores dela, na cruz do calvário.

Outra vez o Senhor ministrou ao meu coração sobre o perdão. Ele é nosso exemplo. E se Ele, que poderia acusar, condenar, não o fez, quanto mais nós, cheios de pecados e faltas, devemos perdoar os que erram ao nosso redor. Precisamos ter um coração perdoador, e as mãos esvaziadas das pedras.

Quem sabe, se agirmos assim, o mundo à nossa volta será impactado pela presença de Cristo em nós. Pelos Seus olhos de compaixão através de nossos olhares misericordiosos. De Suas palavras doces em nossas palavras libertadoras. Quem sabe, assim como aquela mulher, as pessoas que atravessarem nosso caminho sairão diferentes, caminharão livres para uma nova vida depois de se encontrarem conosco.

Talvez seja até mais fácil viver isso com uma prostituta com quem conversarmos em um impacto evangelístico, nas ruas da nossa cidade numa noite dessas. Mas precisamos ter as “mãos sem pedras” quando as pessoas próximas de nós, da nossa convivência diária, errarem conosco. Podemos ter todo o direito e razão, mas Cristo, que tinha todo direito e razão, nos mostrou como devemos agir. Perdemos o direito e a razão quando nos tornamos Seus seguidores. Nos tornamos “bobos conscientes”, dando a outra face, caminhando a segunda, a terceira milha, perdoando 70 x 7, ou seja, infinitas vezes por dia. Jesus, nosso Mestre, nos ensina a perdoar.


Retirado do Blog da Ana




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Nenhuma condenação

Quem nele crê não é julgado [aquele que confia nele não entra em juízo, pois para ele não há rejeição, ou condenação]. JOÃO 3.18

O Espírito Santo trabalha para convencê-lo do pecado e da justiça (veja João 16.7-11). A ação do Espírito pretende convencê-lo a se arrepender, o que significa voltar atrás e seguir na direção certa. É normal você se sentir culpado quando inicialmente foi convencido do pecado; mas permanecer sentindo-se culpado após ter se arrependido não é saudável, não é a vontade de Deus. A convicção é inteiramente diferente da condenação. A condenação o oprime e o coloca sob o peso de culpa, mas a convicção pretende levantá-lo para algo, ajudá-lo a subir mais alto no plano de Deus para sua vida. Se você está sofrendo sob o peso de condenação, lance sua culpa diante do trono de Deus e receba Seu perdão e Sua misericórdia.


Escrito por Joyce Meyer




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Eliane Xavier


O projeto rede ao mar realizado no CAIC foi uma bênção, não só para as crianças da escola como também para nós que tivemos a oportunidade de participar. E também de ter mais comunhão com os irmãos na preparação do projeto.
Para mim, particularmente foi depender de Deus para participar, pois estava de férias. E também foi uma grande alegria ver aquelas crianças brincando, assistindo e participando do teatro, e quando ganhavam o kit, ficavam mais alegres ainda, e dá pra ver a carência não só material, mas de carinho. E um trabalho desses faz com que as crianças se sintam amadas. E sabemos que Deus as ama.
Também vemos o incentivo de vários professores que ficaram satisfeitos como o trabalho realizado.
E esperamos poder novamente participar, em outra escola, com outras crianças, mas sempre dependendo de Deus.




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- Projeto Rede ao Mar - CAIC
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Cultivar a Santidade

Você já está convencido de que cultivar a santidade vale o preço de dizer não ao pecado e sim para Deus? Você conhece a alegria de andar nos caminhos de Deus? A alegria de experimentar o jugo leve e o fardo suave de Jesus? A alegria de não pertencer a si mesmo, e sim ao seu "fiel Salvador Jesus Cristo, que o torna "sinceramente desejoso e disposto a viver para Ele"

(Catecismo de Heidelberg, Pergunta 1) Você é santo? Thomas Brooks apresenta-nos 16 marcas da verdadeira santidade, incluindo o fato de que o crente santo "admira a santidade de Deus; possui santidade difusa, que permeia a mente e o coração, os lábios e a vida, o interior e o exterior; odeia e detesta toda iniqüidade e impiedade; se entristece por sua própria vileza e falta de santidade". É uma lista consternadora, mas bíblica. Sem dúvida, todos nós estamos aquém dessas marcas; contudo, permanece a pergunta: estamos nos esforçando por essas marcas de santidade?

Talvez você responda: "Quem... é suficiente para estas coisas?" (2 Co 2.16). Eis a resposta imediata de Paulo: "Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus" (2 Co 3.5). "Você quer ser santo... tem de começar com Cristo... Quer continuar a ser santo? Permaneça em Cristo." "A santidade não é o caminho para Cristo. Cristo é o caminho para a santidade." Sem Cristo, não há santidade. Logo, toda lista de marcas de santidade deve nos condenar ao inferno. Mas, em última análise, a santidade não é uma lista de marcas; é muito mais do que isso — é vida, vida em Jesus Cristo. A santidade nos crentes prova que eles estão unidos a Cristo, pois a obediência santificada é impossível sem Ele.

Escrito por Joel Beek, retirado de Josemar Bessa



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