Uma Palavra aos Jovens - Parte 05:
Ore
Ore
Eu divido a minha oração em duas categorias distintas: Oração nos meus sapatos de passeio e oração nas minhas botas de trabalho. A primeira categoria refere-se à comunhão, adoração, e ação de graças. É andar com o Deus como um companheiro presente em todos os momentos, desfrutando de sua companhia, e buscando maiores e maiores manifestações da Sua presença.
Este tipo de oração tem um objetivo – conhecê-lo e simplesmente “estar” com Ele. Sem este tipo de oração, todo o conhecimento na sua cabeça nunca será nada mais do que jargões teológicos de segunda mão. Você passará a sua vida inteira falando corretamente de alguém que você nem sabe quem é e sobre coisas que nunca se tornaram realidades em a sua vida.
Ouvi pessoas dizerem que elas não têm um tempo específico com Deus deste jeito, mas eles conversam com Deus durante o dia enquanto eles fazem suas atividades diárias. A minha experiência diz que a capacidade de “praticar a presença de Deus” através do dia e no meio de minhas atividades só são possíveis porque eu separei-me das minhas atividades diárias e busquei a Deus em tempos específicos de oração.
Isto parece ter sido a prática do nosso Senhor Jesus Cristo durante a sua encarnação:
“De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.” (Marcos 1:35).
A segunda categoria de oração – oração nas minhas botas de trabalho - refere-se à oração intercessora. Não deixe ninguém o enganar. Este tipo de oração é trabalho duro! Não é uma pequena coisa para um homem mortal lutar com Deus (Gênesis 32:24-32) e contra o diabo (Efésios 6:12). Os desafios são altos e tudo é ganho ou perdido neste campo de batalha.
Perseveramos em oração para a glória de Deus, a Grande Comissão, e o avanço do Reino (Mateus 6:9-10); perseveramos em oração pela preservação e santificação da Igreja; trabalhamos em oração para cada necessidade e para o cumprimento de cada promessa que Deus deu. Isto pode muito bem ser a tarefa mais sagrada dada a homens!
Terminarei o tópico da oração com um conselho que foi muito útil para mim. Foi-me dado por um pregador mais velho, que o recebeu de um pregador ainda mais velho. É algo assim:
“Ore até que você possa orar, e então ore até que você tenha orado.”
Muitas vezes, quando curvamos os nossos joelhos em oração, nós não sentimos a liberdade ou poder para orar. Parece que há um céu de bronze em cima de nós. Isto não deve ser uma causa de desânimo, mas isto deve levar-nos a lutar em oração até que tenhamos “rompido os céus” até Deus. E é então que devemos pôr-nos a orar até que as nossas cargas tenham sido levadas e saibamos que, de fato, oramos.
Por Paul Washer
Retirado de Voltemos ao Evangelho
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