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Você é um amigo de verdade? (2)

por Keith Simon

Se você quiser ter o tipo de amigos que a Bíblia diz que todos nós precisamos, então você vai ter que lidar com a natureza contra-intuitiva do cristianismo. Muita coisa da vida cristã está fora de sintonia com a maneira como nós naturalmente pensamos por nós mesmos. Pode até parecer que estamos correndo contra o que poderíamos chamar de "senso comum". Por exemplo, tanto a nossa natureza quanto a cultura aprovam "aquele que ganha o mundo", enquanto Jesus aprova "aquele que perde sua vida". Outro exemplo é que nós somos ensinados que o caminho para a grandeza é pavimentado sobre a auto-indulgência, mas Jesus ensina que a grandeza é obtida através da servidão. Encontrar a sua vida ao perdê-la é um enorme passo de fé em Deus.

O mesmo é verdadeiro quando se trata de definir um verdadeiro amigo. Provérbios 27:6 diz que "Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos." Tenho certeza de que você pode ver o que é contra-intuitivo, neste versículo. Ele completamente redefine o que é verdadeira amizade. Nossos círculos sociais operam de forma oposta ao que este versículo nos ensina. A norma em nosso mundo é "beijar" o seu amigo e "ferir" o inimigo.

É raro (na fronteira da inexistência) um amigo nos desafiar, apontar o pecado em nossas vidas, ou chamar nossa atenção para uma falha na nossa forma de criar os filhos ou nos nossos hábitos. Por que ninguém aponta esses nossos erros para nós? Você é tão ingênuo para acreditar que é porque não viram nada que precisa ser salientado? Sério? Duvido muito.

Um dos motivos por que não dizem nada é que não querem perder sua amizade. Eles temem que, se lhe disser algo que você não queira ouvir, você acabe se afastando deles. E já que eles não querem isso, eles se calam. (Na verdade, o melhor cenário normalmente seria eles ficarem calados. Um cenário mais provável é eles falarem aos outros sobre o seu pecado, maus hábitos e más escolhas. Não fique chocado. Você faz a mesma coisa com os outros.)

Como você reagiu, no passado, quando alguém lhe dissesse algo que foi difícil para você ouvir? Se um amigo já lhe disse você foi muito brando (ou áspero) com seu filho, ou que você fofocou, ou que você tem se importado muito sobre o que os outros pensam, ou que você pareceu arrogante, como você respondeu? Se você não entendeu e acreditou em Provérbios 27:6, você diria, "Ai! Isso realmente dói. Obrigado por ser um bom amigo." Entende o que quero dizer com ser um contra senso? Estamos mais propensos a responder dizendo: "Eu pensei que você fosse um amigo, mas eu estava errado."

Quando alguém diz algo que é difícil de ouvir, qual é a sua provável resposta? Se você for como eu, deve ser uma combinação das seguintes características:

1. Defensiva;
2. Tenta transferir a culpa;
3. Ataca a pessoa que disse.

Por que agimos dessa maneira? Porque nós erroneamente acreditamos que aqueles que dizem coisas difíceis para nós são nossos inimigos. Nós entendemos erroneamente que o que eles estão dizendo é prejudicial. Digo "entendemos erroneamente" porque Provérbios 27:6 nos diz exatamente o oposto. Confundimos os nossos amigos com inimigos.

Antes de fechar por hoje, quero dizer a única maneira que eu sei como fazer para ter o tipo de amigos que estão dispostos a "ferir" você. Peça-lhes para fazê-lo. Dê-lhes permissão para dizer coisas duras para você. Você já disse algo assim a um ou dois amigos de confiança como seu cônjuge, filhos ou pais?


"Eu sei que isso parece loucura, mas eu realmente confio em você e valorizo sua perspectiva. Então, eu quero convidar você a compartilhar comigo coisas que vão ser difíceis para eu ouvir. Quando (não se, mas quando) você vir pecado em minha vida, não pense que eu estou ciente dele, por favor, aponte-o para mim. Quando (não se) você me ver errar com os meus filhos ou minha esposa, por favor, me diga. Tudo é jogo limpo. Nada está fora dos limites."


"Eu queria prometer que sempre iria responder imediatamente com humildade e arrependimento, mas pode ser que nem sempre isso seja verdade. Mas eu prometo que não vou usar os seus comentários contra você e nem deixarei isso estragar a nossa amizade. Eu quero que você saiba que vou ver a sua vontade de dizer as coisas difíceis para mim como um sinal de que você é um amigo de verdade e não um inimigo dando elogios falsos ou superficiais."

O objetivo aqui é que as pessoas saibam que você acredita em Provérbios 27:6, quando diz que “as feridas de um amigo podem ser confiáveis.” Sim, o que eles dizem pode doer um pouco. Qualquer ferida dói. Mas as feridas feitas por um amigo levam à vida.

Traduzido por Gustavo Vilela | iPródigo
Retirado de iPródigo




Leia também:

- Você é um amigo de verdade?
- Julgamento
- Peça Ajuda
- A reputação de Cristo em nós
- Amor doador e perdoador

Você é um amigo de verdade?

por Keith Simon

Poucos de nós têm o tipo de amigos que a Bíblia diz que precisamos. Isso porque o que se fala sobre amizade, hoje, é muitas vezes uma imitação barata do que realmente é. Eu acho que existem muitas razões para que a verdadeira amizade seja mais difícil de encontrar no mundo atual. Há sempre os culpados habituais, tais como a falta de tempo (estamos sempre ocupados) e a tecnologia que vai desde televisores de alta definição, que fazem tudo ser divertido de assistir, até as mensagens de texto do celular.

Mas acho que há razões mais profundas e que são mais interessantes. Provérbios 27:6 diz que "Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos." De acordo com esse versículo, muitas vezes ficamos confusos sobre quem são nossos amigos e inimigos. Soa estranho, não é? Quem seria estúpido o suficiente para pensar que seu amigo é um inimigo e seu inimigo um amigo? Bem, eu acho que a maioria (ou todos) de nós em um momento ou outro.

Segundo o livro dos Provérbios, um verdadeiro amigo irá, ocasionalmente, ferir você. Agora pense nisso por um momento. A ferida dói. Não é agradável. Pode levar algum tempo para sarar. Ninguém acorda de manhã e diz: “Eu espero que eu fique ferido hoje!” Não, nós geralmente acordamos esperando que o dia vá acontecer à “nossa maneira”, ou seja, confortável, fácil e sem complicações. Ferimentos não se encaixam nesse quadro, mas beijos com certeza.

Nós amamos quando as pessoas nos "beijam", afirmando-nos e nos dizendo o que queremos ouvir. "Você estava certo em ficar com raiva.", "Você não merece ser tratado dessa maneira.", "Você precisa cuidar de si mesmo." Mas a Bíblia diz que da mesma forma que lobos podem aparecer em pele de cordeiro, nossos inimigos também podem "vestir-se" como amigos. E a fantasia que usam são muitos "beijos".

Parece que preferimos simplesmente deixar nossos "amigos" entrarem em um caminho prejudicial ao invés de falar-lhes sobre o que está acontecendo em suas vidas. Temos medo que eles fiquem ofendidos ou nos entendam mal ou fiquem na defensiva. E, claro, tudo isso é verdade. Eles podem fazer essas coisas. Mas um amigo assume um risco que o inimigo não assume.

Há alguma conversa difícil que você precisa ter com alguém? Algum amigo seu está fazendo más escolhas em seus relacionamentos, casamento, com seus filhos, finanças, no envolvimento com a igreja? Você é amigo o suficiente para bancar um almoço com ele e conversar sobre isso? Se você estivesse em sua posição, descendo pelo mesmo caminho que ele, você gostaria que ele falasse com você sobre isso?

Se você estiver disposto a ter uma dessas conversas difíceis, aqui estão algumas dicas…

1. Encontre o momento certo para fazê-lo. Esta não é o tipo de conversa que você tem ao celular enquanto está dirigindo, levando seus filhos para suas atividades diárias. Parafraseando Paul Tripp em Age of Opportunity “Não comprima uma conversa de cem dólares em momentos de um centavo.”

2. Antes de ir, engula uma grande dose de humildade. Lide com seu próprio coração para que você não vá para a conversa com uma atitude hipócrita. Mas não caia na armadilha de pensar que porque você também é um pecador, você não deveria falar com ele. Nós todos somos pecadores. Portanto, se os pecadores não podem falar com outros pecadores sobre os seus pecados, então todos nós estamos por nossa conta. E eu tenho certeza que não é como a Bíblia nos ensina a viver.
De fato, sua reticência em falar com a pessoa pode ser um bom sinal. Isso provavelmente mostra que você está ciente de seu próprio pecado e de suas próprias lutas, o que irá impedi-lo de aparecer como o bonzão. Se você está animado sobre a conversa e ansioso para o confronto, provavelmente é um bom sinal de que você não está pronto para tê-lo.

3. Certifique-se que a pessoa saiba que você se preocupa com ela. Você pode dizer algo mais ou menos assim. "Maria, isso pode ser um pouco estranho, mas eu quero falar com você sobre algo que pode ser importante. E eu quero que você saiba que a única razão por que eu estou falando isso é que eu realmente me importo com você. Seria muito mais fácil para mim simplesmente ignorar este fato, mas eu não quero fazer isso porque penso que você é um dos meus verdadeiros amigos."

4. Não suponha que você está certo em sua avaliação da situação. Pode haver mais coisa na história do que você está ciente. Outro exemplo: "João, eu não tenho certeza se estou certo sobre isso, mas aqui está o que eu acho que percebo… Pode ser que haja muita coisa acontecendo que eu não vejo. Talvez eu possa estar equivocado."

5. Não espere uma resposta imediata. Você pode dizer: “Não sinta qualquer pressão para responder agora. Tudo que peço é que pense e ore sobre isso. Se você acha que eu estou falando sem base, diga-me.”

6. Não tome a primeira resposta como a resposta final. Algumas pessoas podem ficar com raiva num primeiro momento, mas depois, quando elas estiverem sozinhas, com tempo para processar o que você disse, elas poderão ter uma opinião diferente sobre a situação.

7. Se explique. Se a pessoa com que você está falando ficar com raiva ou excessivamente defensiva, você pode dizer: "Sei que você está chateado comigo. Sinto muito, porque eu realmente não queria que isso acontecesse. Eu só estava tentando fazer por você o que eu quero que você faça por mim. Eu o considero um bom amigo e quero que você saiba que eu estou sempre do seu lado."

8. Nem sobre tudo vale a pena falar com alguém. Se tivermos uma conversa sobre todos os pecados que nós vemos ou sobre toda decisão de uma pessoa com que discordamos, então nós vamos falar com as pessoas sobre isso o tempo todo. E isso não é bom para nós nem para eles. Eu acho que você pode aplicar a Regra de Ouro para cada situação e perguntar: "Se eu estivesse na situação do meu amigo, eu gostaria que ele me falasse sobre essa questão."


Traduzido por Gustavo Vilela | iPródigo
Retirado de iPródigo



Leia também:

- Julgamento
- A influência dos Amigos
- Cuidado com o Pecado
- O Poder das Palavras
- O Ministério da Reconciliação e o Perdão

Julgamento

Por Jeff Lacine

Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? (1 Coríntios 5:11-12)

É perigoso não ser julgado. Nós precisamos de outras pessoas que nos julguem, com julgamento justo (João 7:24). Precisamos prestar contas. Se não tivermos amigos cristãos que sejam próximos o suficiente para nos confrontar quando nossa vida não combinar com nossa confissão, então devemos tremer.

O tipo de julgamento a que eu me refiro não é aquele gerado pelo desejo de diminuir os outros ou por causa do sentimento de superioridade – numa disposição paternalista. Pelo contrário, vem de uma tenra disposição de amor. Vem de um Natã que está disposto a dizer a Davi que ele deve se arrepender e voltar para Deus (2 Samuel 12).

Devemos temer a Deus à luz do pecado que pode nos enganar e destruir. Não devemos temer o julgamento que vem de amigos na igreja que nos ajuda a lutar contra o pecado. Isso é graça!

É infinitamente mais seguro ser parte de uma igreja local que se preocupa com nossas almas. Glória a Deus pela segurança que há no julgamento justo de seu povo. É graça do céu!

Traduzido por Daniel TC | iPródigo | Original aqui.
Retirado de iPródigo

Avivamento - Parte 2



Bom, vamos a segunda parte do sermão de Charles Spurgeon sobre o Avivamento na Igreja. Na primeira parte foi apresentada a base para a convicção de que precisamos de um avivamento. Na segunda parte veremos a solução desse grande problema que enfrentamos.


Aviva-nos Ó Senhor!!

Por Charles Spurgeon

Habacuque orou: "Aviva a tua obra, ó SENHOR!". Você ouve esse clamor por avivamento? Este é o nosso problema: há muitos que afirmam desejar o avivamento, mas não clamam por ele, não aspiram a ele.

O verdadeiro cristão, quando confrontado com a necessidade de avivamento pessoal, terá aspiração. Insatisfeito, imediatamente se esforçará para alcançá-lo. O verdadeiro cristão orará dia e noite: "Aviva a tua obra, ó SENHOR!".

Eu perguntaria apenas isto aos que sentem a necessidade de um avivamento pessoal: você pode aspirar ao seu avivamento? Se puder, então, aspire! Que Deus se agrade de lhe conceder a graça de continuar clamando. Então, transforme sua aspiração em oração.

Transforme sua aspiração em oração. Não diga: "Senhor, sinto necessidade de avivamento. Pretendo cuidar disso hoje à tarde — então começarei a avivar minha alma". Não tome nenhuma decisão sobre o que você fará: suas decisões certamente serão frustradas. Em vez de tentar avivar a si mesmo, ore. Não diga: "Vou me avivar", mas clame: "O Senhor, aviva tua obra".

Dizer: "Vou me avivar" mostra que você não conhece sua verdadeira condição. Se a conhecesse, não tentaria avivar a si mesmo sem a ajuda de Deus, assim como ninguém espera que um soldado ferido em batalha cure a si mesmo sem remédio ou que procure ele mesmo o hospital, tendo as pernas e os braços feridos.

Insisto: não faça nada sem antes orar a Deus e clamar: "Aviva a tua obra, ó SENHOR!". Comece por se humilhar, abandonando toda esperança de avivar a si mesmo, mas comece logo a orar com convicção e a suplicar sinceramente a Deus: "O Senhor, faça por mim o que não consigo fazer por mim mesmo. O Senhor, aviva tua obra!".

Acredito que a ausência da sã doutrina é outra prova de que a Igreja precisa de avivamento. Em certo sentido, a sã doutrina desapareceu. Aconteceu quando os pregadores deixaram de pregar a sã doutrina com receio de serem mal recebidas. Pararam de falar de "eleição", "depravação" e "graça ilimitada" porque achavam que o povo se desinteressaria dessa mensagem.

Semelhantemente, os membros de igreja se enfraqueceram na doutrina. Os membros de igreja hoje mudam de doutrina com tanta freqüência quanto trocam de amizades. Dificilmente constituem o tipo de pessoa que morrerá por suas convicções. Observe sua frouxidão! Eles têm o que chamam "reuniões de oração". Deveriam ser chamadas "reuniões dos remanescentes", pois são freqüentadas por uns poucos.

Alguns concordarão comigo em que a Igreja precisa de avivamento, mas peço que, em vez de reclamar de seu pastor, em vez de achar defeitos em alguns aspectos da Igreja, você clame: "Aviva a tua obra, ó SENHOR".

Alguém dirá: "Ah, se tivéssemos outro pastor! Ah, se tivéssemos outro estilo de culto! Ah, se tivéssemos outro tipo de pregação!". Você não precisa de novos estilos ou de gente nova: você precisa de vida naquilo que tem. Se você quiser mover um trem, não precisa de uma locomotiva nova ou mesmo de dez locomotivas: você precisa acender o fogo e fazer o vapor mover a locomotiva que você tem!

A igreja não precisa de nova pessoa ou novo plano, mas precisa da vida de Deus neles. Pecamos isso a Deus! Talvez ele esteja pronto para chacoalhar o mundo desde os fundamentos. Talvez mesmo agora ele esteja pronto para derramar uma grande influência sobre seu povo, que tornará a Igreja desta geração viva como nunca antes.



Retirado de Charles Haddon Spurgeon






Leia também:

- Na tortura, em quanto tempo você negaria Jesus?
- Espiritualidade Ordinária
- Largue a Prancha
- Novos Começos
- Para Refletir...

Avivamento - Parte 1



Bom, vou dividir esse sermão em 2 postagens.
Nessa primeira parte será apresentada a base para a convicção de que precisamos de um avivamento. Na segunda parte veremos a solução desse grande problema que enfrentamos.


Aviva-nos Ó Senhor!!

Por Charles Spurgeon

Texto das Escrituras: "Aviva a tua obra, ó SENHOR" (Habacuque 3.2).

Toda verdadeira religião é obra de Deus. Deus é, de fato, o autor da salvação no mundo, e a religião é obra da graça. Se houver alguma coisa boa e extraordinária na Igreja, isso também é obra de Deus, do início ao fim.

É Deus quem aviva a alma que estava morta e quem preserva a vida dessa alma. Deus nutre e aperfeiçoa essa vida na Igreja. Não atribuímos nada a nós mesmos, mas tudo a Deus. Não ousemos sequer um instante pensar que nossa conversão ou nossa santificação é efetuada por esforço nosso ou de outros.

Portanto, confiando no Espírito de Deus que me ajuda, vou procurar aplicar esse princípio primeiramente a nossa alma de modo pessoal, depois à igreja em geral.

Então, vejamos primeiro quanto a nós mesmos. Muitas vezes maltratamos a Igreja quando o açoite deveria flagelar nossos ombros. Devemos sempre lembrar que fazemos parte da Igreja e que nossa falta de avivamento está de alguma maneira relacionada à falta de avivamento da Igreja em geral. Faço a seguinte acusação contra nós: nós, cristãos, precisamos em nossa vida de um avivamento de devoção. Tenho razões abundantes para provar isso.

Em primeiro lugar, observe a conduta e as conversas de muitos de nós, que professamos ser filhos de Deus.

Nos dias de hoje, é muito comum alguém tornar-se membro da Igreja. Mas isso significa que hoje há menos enganadores que antes? Menos fraudes são cometidas? A moralidade tem aumentado? Vemos os vícios diminuir? Não, não vemos nada disso. Nossa geração é tão imoral quanto qualquer outra que nos precedeu. Existe o mesmo tanto de pecado, embora talvez hoje ele seja mais disfarçado.

É do conhecimento de todos que ser membro de uma igreja não garante que a pessoa seja honesta. A vida de muitos membros de igreja oferece ao mundo motivos para indagar se existe alguma devoção em nós. Ambicionamos dinheiro, cobiçamos, seguimos a perversidade desse mundo, oprimimos o pobre e negamos os direitos da classe trabalhadora — contudo, professamos ser povo de Deus! A Igreja precisa de avivamento na vida de seus membros.

Em segundo lugar, observemos a conversa de muitos cristãos professos. Preste atenção à conversa do cristão mediano. Você pode passar o ano inteiro, desde o primeiro dia de janeiro até o último dia de dezembro, sem ouvi-lo falar de sua fé. Ele raramente menciona o nome de Jesus Cristo. Sobre o que conversa no domingo, na hora do almoço? Sem dúvida, não será sobre a mensagem do pastor, a não ser para criticar as falhas.

Alguma vez conversará sobre o que Jesus disse ou fez? Sobre quanto Ele sofreu? Quando vamos visitar alguém, de que falamos? Concluo o seguinte: você nunca saberá como chegar ao céu se ficar apenas escutando a conversa de certos membros de igreja! Falamos muito pouco sobre o Senhor, não é verdade? Muitos cristãos estão precisando orar assim: "O Senhor, aviva tua obra em minha alma, para que minha conversa possa ser mais semelhante a Cristo, temperada com sal, preservada pelo Espírito Santo!".

Todavia, mesmo que nossa conduta e nossas conversas fossem mais consistentes com nossa fé, eu ainda faria esta terceira acusação contra nós: há muito pouca comunhão verdadeira com Jesus Cristo. Se, pela graça de Deus, nossa conduta e nossas conversas fossem consistentes e nossa vida fosse impecável, muitos de nós estaríamos em falta diante do que chamamos "santa comunhão com Jesus".

Permitam-me perguntar: quando foi a última vez que tiveram uma conversa íntima com Jesus Cristo? Alguns de vocês poderão dizer: "Falei com ele hoje mesmo pela manhã. Contemplei sua face com alegria". Contudo, temo que a maioria dirá: "Há meses que não falo com o Senhor".

O que você está fazendo com sua vida? Cristo está vivendo em sua casa, e mesmo assim você não conversa com ele há meses? Não me deixe condenar ou julgar você, mas permita à sua consciência falar: não estamos, de fato, vivendo sem Jesus? Não temos estado mais contentes com o mundo, enquanto negligenciamos a Cristo?


Retirado de Charles Haddon Spurgeon







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- Avivamento - Parte 2
- Eu quero ser um Vaso Novo
- Vivendo pela Fé
- Compromisso ou Interesse
- Ore

Amor e Prova

"Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam." Tiago 1:12

Sim, é bem-aventurado enquanto está suportando a prova. Nenhum olho pode ver isso enquanto não tenha sido ungido com o colírio celestial. Porem deve suportá-lo, e não deve se rebelar contra Deus, nem apartar-se de sua integridade. O que há atravessado em meio do fogo e não foi consumado como uma falsificação, é bem-aventurado.

Quando a prova houver terminado, então vem o selo da aprovação divina: "a coroa de vida." Como se o senhor dissera:" que viva; pesado foi em balança, e não foi achado em falta." A vida é a recompensa, a realização do propósito divino concernente a nós. Uma forma mais elevada de vida espiritual e gozo já coroa aqueles que passaram com segurança as provas mais ferinas de fé e amor. O Senhor há prometido a coroa da vida para os que lhe amam. Somente os amantes do Senhor suportarão na hora da prova; o resto ou afundará, ou se abaterá, ou regressará ao mundo. Vamos, coração meu, amas tu a Teu Senhor? Verdadeiramente? Profundamente? Inteiramente? Então, esse amor será provado; porém, as muitas águas não poderão apagar-lhe, nem os rios lhe afogar. Senhor, que Teu amor alimente meu amor até o final.


Fonte: Talonário do Banco da Fé
Tradução: Projeto Spurgeon

Retirado de Projeto Spurgeon




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- Vivendo pela Fé
- Tempo Oportuno
- Entre pedras e almofadas
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Rede ao Mar - Capetinga





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- Projeto Rede ao Mar – CAIC - o que foi
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- Evangelização – A estratégia da Conquista
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A influência dos Amigos

A pressão e a influência de amigos podem ser boas! Jesus descreveu os seus discípulos como o sal da terra e a luz do mundo (Mateus 5:14-16). Ele lhes disse que brilhasse “também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Devemos influenciar e afetar as vidas dos outros. Influenciar e ensinar não são tarefas apenas para os santos mais velhos. Há algo especial sobre um jovem que dá um bom exemplo.

Devemos tomar uma abordagem equilibrada para o nosso relacionamento com aqueles do mundo e reconhecer o perigo que possa estar presente. Em 1 Coríntios 15:33, Paulo claramente nos fala que “as más conversações corrompem os bons costumes”. Um dos motivos que os maus companheiros, muitas vezes, têm uma influência que corrompe é visto em Deuteronômio 22:10. Aí a lei proibia que lavrasse com junta de boi e de jumento. Pense nisso um pouco – um boi forte, grande, de ombros largos no mesmo jugo com um jumento diminutivo. Isso simplesmente não seria justo ou humano. O boi tem uma vantagem óbvia e influência superior em relação às ações do jumento. O mesmo é verdade entre algumas pessoas. Se os nossos amigos mundanos têm os gênios mais fortes e são mais influentes que nós, então estaríamos em jugo desigual. Acho que você consegue ver como tal influência corromperia boas morais.

Muitas vezes a pressão dos outros vêm por causa de sua própria culpa. Pedro fala daqueles que “difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão” (1 Pedro 4:3-4). Isso acontece porque aqueles envolvidos com o pecado não querem que as suas práticas más sejam expostas pelo exemplo justo de outro (veja João 3:19-21). Se puderem corromper os justos então há uma luz justa a menos expondo a sua corrupção. Assim as suas consciências são momentaneamente aliviadas.

A escolha de amigos é uma das decisões mais desafiadoras e importantes de um jovem cristão. Os amigos ou encorajarão e apoiarão a espiritualidade ou promoverão e encorajarão as coisas do mundo. Considerem, por um momento, o exemplo de Salomão. Em 1 Reis 3:16-28, Salomão tomou tempo do seu horário agitado de rei para ouvir a discussão de duas prostitutas. Movido pela compaixão e preocupação com a vida de um bebê inocente, Salomão usou de sua sabedoria para assegurar o lugar do bebê ao lado da sua verdadeira mãe. Porém, em 1 Reis 11:7, encontramos Salomão construindo um altar para o abominável Moloque. Este ídolo nojento tinha uma barriga que era forno e aceitava o sacrifício de bebês vivos. O que aconteceu? O que fez com que Salomão mudasse? 1 Reis 11:1,4 nos diz o que houve. Salomão casou com muitas mulheres estrangeiras e quando ele ficou velho “suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses”. Se um homem com a sabedoria de Salomão pôde ter o seu coração desviado do Senhor pela influência de amigos, certamente eu enfrento o mesmo perigo. A escolha de amigos é uma das decisões mais importantes da vida.

Não podemos evitar a influência do mundo, mas podemos limitar e controlar os seus efeitos em nossas vidas. Muitas vezes ouvi explicarem assim: Não podemos evitar que os pássaros voem por cima das nossas cabeças, mas podemos evitar que se aninhem no nosso cabelo! Ou, se você deitar com os cães não se surpreenda se acordar com pulgas!

- por John A. Smith

Retirado de Estudos da Bíblia



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- Neutralidade não é opção
- Procure companheiros devotos
- Vou Orar por Você
- Cultivar a Santidade
- Solidão, o vazio de Relacionamentos

Ações Amorosas Falam Claramente

[Vivam como convém,] Com toda a humildade (modéstia) e mansidão (altruísmo, gentileza, suavidade), com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor
Efésios 4.2

É bom que os membros não convertidos de sua família o vejam estudando a Bíblia, indo à igreja, e produzindo o fruto do Espírito. Mas sua família pode ser mais receptiva ao evangelho se você ministrar às suas necessidades. Ministrar-lhes pode requerer que você desista de uma reunião de oração para fazer algo com eles, tal como pescar ou fazer compras com sua esposa, ajudar seu filho a consertar o carro ou levar sua filha para almoçar.

A Bíblia diz que o homem natural não compreende o homem espiritual (veja em Coríntios 2.14). Falar de forma espiritual nem sempre faz sentido para pessoas não convertidas, mas atitudes amorosas falam claramente a elas. Caminhe na unção do amor hoje: seja amável, alegre, pacífico e estável. Deixe Deus amar os outros através de você.

Escrito por Joyce Meyer




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- O Ministério da Reconciliação e o Perdão
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- O Amor é a Suprema Graça Cristã

O Amor é a suprema Graça Cristã

"O fruto do Espírito é amor". Na verdade Paulo menciona um conjunto de nove qualidades que, juntas, ele chama de "fruto" do Espírito; o amor, porém, tem o lugar de honra.

E salutar perguntarmos a nós mesmos: qual é a principal marca distintiva de um cristão? Qual é o símbolo que comprova a autenticidade dos filhos de Deus? A resposta varia de pessoa para pessoa.

Resumindo, o conhecimento é vital, a fé é indispensável, a experiência religiosa é necessária e o serviço é essencial; Paulo, contudo, dá precedência ao amor. O amor é a coisa mais importante do mundo, pois "Deus é amor" no mais íntimo do seu ser. Pai, Filho e Espírito estão eternamente unidos um ao outro em amor que se doa pelo outro. Portanto, aquele que é amor e que derramou o seu amor sobre nós convida-nos a devolver esse amor, amando a ele e também uns aos outros. "Nós amamos porque ele nos amou primeiro." O amor é a marca principal, o selo de excelência, o símbolo supremo que distingue o povo de Deus. Nada pode desarraigá-lo nem substituí-lo. O amor está acima de tudo.

Em segundo lugar, o amor traz alegria e paz, pois "o fruto do Espírito é amor, alegria, paz". A seqüência, aqui, é deveras significativa.

Os seres humanos sempre viveram em busca de alegria e paz, se bem que geralmente se empregue a palavra "felicidade", mais secular. Os cristãos, porém, sentem-se na obrigação de acrescentar que quem procura a felicidade nunca a encontrará. A alegria e a paz são bênçãos extremamente ilusórias. Acontece que a alegria e a paz não são alvos que se possam perseguir; elas são subprodutos do amor. Elas nos são concedidas por Deus, não quando nós as buscamos, mas quando buscamos a Ele e aos outros em amor.


Escrito por John Stott.




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Único Sinal Seguro da Eleição

A santificação é o único sinal seguro da eleição divina. Sem dúvida, os nomes e o número dos eleitos são segredos, o qual Deus, sabiamente, reservou para a Sua própria autoridade, não os revelando ao homem. Mas se há algo claro ensinado acerca da eleição é o seguinte: os eleitos podem ser conhecidos e distinguidos por suas vidas santas. Está expressamente escrito que eles foram "eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito", "desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito", "predestinados para serem conformes à imagem de Seu Filho", "escolhidos nele antes da fundação do mundo, para serem santos e irrepreensíveis perante ele". Por conseguinte, quando o apóstolo Paulo percebeu a "fé" atuante, o "amor" operante e a "esperança" paciente dos crentes de Tessalônica, disse: "...reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição" (I Pe. 1:2; II Ts. 2:13; Rm. 8:29; Ef. 1:4; I Ts. 1:3,4). Aquele que presume ser um dos escolhidos de Deus, ao mesmo tempo em que habitualmente vive em pecado, está apenas enganando a si mesmo. Naturalmente, é difícil saber o que as pessoas realmente são; e muitos daqueles que exibem religiosidade externamente, na realidade podem ser hipócritas de coração apodrecidos. Mas, onde não há pelo menos alguma aparência de santificação, podemos ter boa margem de certeza de que também não há eleição. O catecismo da nossa igreja ensina que o Espírito Santo "santifica todos os eleitos de Deus".

A santificação é algo que sempre será visto. Toda árvore é reconhecida pelo seu próprio fruto (Lc. 6:44). Uma pessoa verdadeiramente santificada pode ser tão humilde que nada veja em si mesma senão fraqueza e defeitos. Tal como Moisés, ao descer do monte, pode não ter consciência de que o seu rosto resplandece. À semelhança dos justos, na tremenda parábola das ovelhas e dos bodes, pode não perceber que tem feito alguma coisa digna da atenção e do elogio do seu Senhor: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?" (Mt. 25:37). Mas, sem importar se ele tem consciência disso ou não, outros sempre verão nele um tom, um gosto e um caráter, um hábito de vida diferente dos outros homens. A própria idéia de que um homem pode estar "santificado", ao mesmo tempo em que não se pode ver santificação em sua vida, não passa de franca insensatez, de abuso de palavras. A luz pode brilhar muito debilmente; mas, se ao menos houver uma fagulha em uma sala escura, ela será vista. A vida pode ser muito débil, mas se o pulso bate, embora fracamente, será sentido. O mesmo acontece com o indivíduo santificado; a sua santificação será algo percebido e visto. Um "santo" em quem coisa alguma pode ser vista, senão mundanismo ou pecado, é uma espécie de monstro que a Bíblia não aprova!

Escrito por J. C. Ryle




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Fome de Deus

John Piper definiu jejum como fome de Deus. Nossa maior necessidade não é das bênçãos de Deus, mas do Deus das bênçãos. Nossa alma tem fome e sede de Deus. Deus colocou a eternidade em nosso coração. Só o Deus eterno pode dar pleno significado à nossa vida e satisfazer a nossa alma. 

O maior inimigo da fome de Deus não é veneno, mas uma torta de maça. Muitas vezes, o que nos priva da fome de Deus não é o veneno do mal, mas os simples prazeres da terra (Lc 8:14; Mc 4:19). “Os prazeres desta vida” e “os desejos por outras coisas” – não são necessariamente coisas más em si mesmas. Não são vícios. São dons de Deus. Essas coisas podem ser a nossa refeição básica, leitura, viagens, negócios, televisão, Internet, compras, exercícios, esportes, e casamento. Todas essas coisas boas em si mesmas podem ser mortais substitutos de Deus para a nossa alma. Coisas boas podem fazer grandes estragos em nossa vida espiritual. Nada deve se interpor no caminho do verdadeiro discipulado, nem coisas más, nem coisas boas, nem alimento, nem qualquer outra coisa.

Nosso amor por Deus é provado não apenas por palavras, mas sobretudo, pelo sacrifício. Realmente temos fome por Deus? Sentimos saudade de Deus? Ou temos começado a estar contentes apenas com os seus dons? Richard Foster diz que mais do que qualquer outra disciplina, o jejum revela as coisas que nos controlam. O jejum revela a medida do domínio do alimento, da televisão, do computador, ou qualquer outra coisa sobre nós, que sempre e sempre está aplacando a nossa fome de Deus.

Quanto mais profundamente nós andamos com Cristo, mais fome de Cristo nós sentimos, mais saudade do céu nós sentimos, mais desejo da plenitude de Deus nós temos. Quanto mais jejuamos, mais sentimos o sabor do pão céu, mais desejamos o domínio do céu sobre a nossa vida na terra, mais desejamos que o Reino de Deus seja estabelecido em nosso coração. Se nós não estamos sentindo intenso desejo da manifestação da glória de Deus em nossa vida, não é porque nós já temos bebido o suficiente das fontes de Deus, mas porque estamos nos alimentando apenas das mesas do mundo. É tempo de jejuar! Através dele humilhamo-nos diante do trono do Deus vivo. Através dele voltamo-nos de coração para o Senhor. Através dele somos fortalecidos com poder. Através dele podemos ver a restauração e o despertamento da nossa igreja. Através dele participamos dos banquetes de Deus e saboreamos as doces iguarias do céu!

Escrito por Rev. Hernandes Dias Lopes.




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Cuidado com o pecado

O pecado é uma fraude. Promete prazer e paga com o desgosto. Faz propaganda de liberdade, mas escraviza. Levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte. Tem um aroma sedutor, mas ao fim cheira a enxofre. Só os loucos zombam do pecado. O pecado é maligníssimo. Ele é pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença. Enfim, o pecado é pior do que a própria morte. Esses males todos não podem destruir sua alma nem afastar você de Deus, mas o pecado arruína seu corpo, sua alma e afasta você eternamente de Deus.

O rei Davi mais do que ninguém sentiu na pele e na alma a tragédia do pecado. Destacaremos três fatos dolorosos acerca do pecado do que aconteceu com Davi.

1. O pecado vai levar você mais longe do que você quer ir – Quando Davi viu Bate- Seba se banhando e a cobiçou, adulterando com ela em seguida, não podia imaginar o fim daquele túnel. Talvez pensasse que seria apenas uma aventura numa tarde de verão. Talvez até tivesse racionalizado e justificado seu ato tresloucado, dizendo que tinha que relaxar um pouco. Mas, o pecado não é algo passageiro nem superficial. Seus efeitos são profundos e mais duradouros do que você pode imaginar. Davi além de adulterar com Bate-Seba deu outros passos rumo ao abismo. Ele mentiu acerca do seu pecado e mandou matar o marido da sua amante. Ele perdeu a autoridade espiritual sobre sua família. Ele viu sua casa desmoronando diante dos seus olhos. Ele colheu os amargos frutos da sua maldita semeadura. Muitas pessoas passam a vida inteira chorando por uma decisão errada feita apenas num instante. Pagam um alto preço por uma desobediência. Choram amargamente por tomar uma direção errada na vida. Cuidado com o pecado, pois ele pode levar você mais longe do que você quer ir.

2. O pecado vai reter você mais tempo do que você quer ficar – Davi não calculou o alto custo daquela tarde em que foi dominado pela volúpia e pela paixão. O adultério com Bate-Seba teve desdobramentos dolorosos para Davi, sua família e toda a nação. O pecado de Davi não atingiu apenas a ele e sua geração, mas também a todas as gerações pósteras. Durante todos os séculos esse pecado tem sido relembrado e a memória de Davi manchada. O fiel pastor de ovelhas, o inspirado compositor, o músico de qualidades superlativas, o líder influenciador, o rei conquistador teve sua biografia maculada por esse grave pecado e seus tenebrosos desdobramentos. O pecado começa tênue como um fiapo de linha, mas depois se torna como as grossas correntes que prendem um navio ao cais. O pecado é como a nascente do Rio Amazonas. No seu nascedouro, as águas são rasas e até uma criança pode brincar em seu leito, mas depois, com a soma dos muitos afluentes, esse rio se torna um mar instransponível e inadiministrável. Cuidado com o pecado, pois ele pode reter você mais tempo do que você quer ficar.

3. O pecado vai lhe custar mais caro do que você quer pagar – O pecado de Davi lhe custou muito caro. Ele perdeu a intimidade com Deus. Durante um longo período, viveu atrás de máscaras, escondendo o seu pecado e atraindo sobre si o justo juízo de Deus. A mão de Deus pesava sobre ele dia e noite, e o seu vigor se tornou em sequidão de estio. Depois, Davi perdeu sua reputação. Os ímpios blasfemaram do nome de Deus por causa de sua loucura. Depois Davi perdeu o filho do adultério. A criança morreu a despeito da insistente petição de Davi. Este teve ainda outras perdas. Sua filha Tamar foi desonrada pelo próprio irmão Amnon. Absalão irmão de Tamar, mandou matar seu próprio irmão Amnon para vingar o que este havia feito com ela. Depois, Absalão rebelou-se e conspirou contra Davi, seu pai, para tirar-lhe a vida e tomar-lhe o reino. E nessa empreitada, Absalão é assassinado por Joabe, comandante do exército de Davi. Tragédias e mais tragédias desabaram sobre a vida de Davi. Jamais ele podia imaginar que o pecado fosse ter um preço tão alto. Cuidado com o pecado, pois ele vai lhe custar mais caro do que você quer pagar.


Escrito por Rev. Hernandes Dias Lopes



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Legalismo vs Busca pela Santidade

"Como diferenciar uma pessoa legalista de alguém que deseja sinceramente melhorar como pessoa, julgando o certo e o errado?"


Há uma diferença muito grande entre preocupar-se com a lei e ser legalista. As escrituras aprovam a preocupação - movida pelo amor - com o cumprimento da vontade moral de Deus; e ao mesmo tempo condenam a obsessão neurótica - movida pelo medo - com a lei.

Então, qual é a diferença entre ser santo e ser legalista?



▸ O santo se relaciona com Deus em amor, o legalista procura cumprir a lei em temor servil.

▸ O santo sabe que entrará no reino dos céus pelo sacrifício de um outro que foi espancado e morto em seu lugar, o legalista não consegue entender uma relação com Deus que não seja baseada em performance.

▸ O santo cai e se levanta, confiando mais na misericórdia de Deus do que na sua inocência, o legalista só se perdoa depois de haver expiado pessoalmente a sua culpa.

▸ O santo se relaciona com Deus através de Cristo, o legalista se relaciona com Deus através da lei.

▸ O santo usa as Escrituras para revelar o amor gracioso de Deus pelos pecadores, o legalista usa a Bíblia para justificar a sessão de apedrejamento do que pecou.

▸ O santo surpreende-se com a doçura da graça de Deus, o legalista espanta-se com a estreiteza do caminho que leva ao céu.

▸ O santo é bom e justo, já o legalista costuma ser apenas justo. Em suma, o santo é justo, o legalista é justiceiro.

▸ O santo tem sempre alguém na vida com quem pode falar sobre suas fragilidades morais, o legalista procura ocultá-las até de si mesmo.

▸ O santo surpreende-se com a condescendência divina em face da sua fraqueza moral, o legalista não entende como não é mais abençoado em face do seu desempenho ético.

▸ O santo se relaciona com Deus através de Cristo, o legalista se relaciona apenas com Deus. Por isso, o santo encontra o Pai, o legalista o Diabo.


Rev. Antônio Carlos Costa


Adaptado de Genizah




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Choro de arrependimento

"...E, retirando-se dali, chorou." (Marcos 14:72)

Têm sido considerado por alguns que, enquanto Pedro viveu, a fonte de suas lágrimas começava a jorrar sempre que se lembrava de sua negação do seu Senhor. Não é improvável que fosse assim (por ser seu pecado muito grande, e a graça ter posteriormente feito nele um trabalho perfeito). Esta mesma experiência é comum a toda a família dos remidos de acordo com a proporção com que o Espírito de Deus tenha removido o coração de pedra original.

Nós, como Pedro, lembramo-nos da nossa presunçosa promessa: "Ainda que todos os homens venham a renunciar a Ti, eu não irei". Nós engolimos nossas palavras com as ervas amargas do arrependimento. Quando pensamos sobre o que nós prometemos que seríamos, e o que temos sido, podemos chorar inteiras chuvas de tristeza. Ele pensou em sua negação de seu Senhor. O lugar onde fez isto, o motivo mesquinho que o levou a tão abominável pecado, o juramento e a blasfêmia com os quais tentou corroborar sua falsidade, e a terrível dureza de coração que o levou a fazê-lo de novo e de novo ainda.

Pedro também pensou sobre o olhar de amor de seu Mestre. O Senhor seguiu de perto o cantar de aviso do galo com um olhar admonitório de pesar, piedade e amor. Aquele golpe de vista nunca saiu da mente de Pedro por quanto ele viveu. Foi muito mais efetivo do que dez mil sermões poderiam ter sido sem o Espírito. O penitente apóstolo estaria certo de chorar quando recolhesse o pleno perdão do Salvador, o qual o restaurou à sua condição anterior. Pensar que nós temos ofendido tão amável e bondoso Senhor é mais do que razão suficiente para sermos constantes pranteadores. Senhor, atinja nossos corações de pedra, e faça as águas fluírem.


Retirado de Projeto Spurgeon




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Evangelização - A estratégia da Conquista

"Persuadiste-me, ó SENHOR, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu, e prevaleceste..." (Jeremias 20:7).

O texto bíblico contido no livro do profeta Jeremias nos indica um sublime caminho em direção à forma de evangelizar.

Muitos de nós conhecemos a história do Pequeno Príncipe, clássico infanto-juvenil de Saint-Exupéry. Em certo trecho do livro, o principezinho encanta-se com a beleza de uma raposinha e lhe diz: "venha aqui brincar comigo". Mas a raposinha responde: "Eu não posso... não fui cativada ainda...". O príncipe lhe pergunta o que significa cativar, e a raposa responde: "Cativar é criar laços. Você não é para mim nada mais do que um menino entre outra centena de meninos. E para você, eu sou apenas uma raposa, como outras tantas raposas. Mas se você me cativar, nós sentiremos falta um do outro. Você será para mim o único no mundo e eu seria para você a única no mundo". Depois disso, dia após dia, o pequeno príncipe aproximava-se pouco a pouco da raposinha. Ambos se cativaram.

Cativar alguém é um ato elevado. E é assim que Jeremias descreve a ação de Deus. Ele o cativou, o seduziu. E ao agir assim, revelou-se não como um Deus preocupado com mais um, mas um Deus cuja marca central é a pessoalidade, o amor, a gratuidade, o encanto. Isso nos leva a compreender melhor o que significa a palavra evangelizar. Não é somente convencer alguém a respeito de certas doutrinas. Mais do que isso, é cativar as pessoas, compartilhar com elas nossa própria vida, tal como Cristo fez (e faz) conosco. Foi o que aconteceu entre o pequeno príncipe e a raposinha – ambos compartilharam seu tempo um com o outro.

O principal objetivo da aproximação é servir, compartilhar Cristo e contribuir para que a vida do nosso próximo seja mais livre, feliz, realizada e completa.

Quando a evangelização começar a acontecer em outra perspectiva, com encanto e ternura, haverá mais abraços e a saudação de paz será realmente sinal de reconciliação entre Deus e entre nós, sinal de restauração de relações rompidas, sinal de graça nas ruas e praças. E nós temos urgência disso, principalmente em nosso mundo, tão marcado pela violência e perda de sensibilidade.

Espero que o texto de Jeremias nos ensine a compreender a evangelização numa nova perspectiva. A opção pelo abraço, o encanto, a poesia, o despertar da sensibilidade, do carinho e da acolhida. E que a graça de Deus me ajude a cativá-los...

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" (Antoine de Saint-Exupery)

Extratos do livro "Entre o Púlpito e a Universidade"
Carlos Calvani


Retirado de Reflexos Teológicos




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- Amor doador e perdoador

Na tortura, em quanto tempo você negaria Jesus?

Galera, vi o link para está mensagem no twitter.
Li e achei muito forte, porém, infelizmente, verdadeira...
Achei bacana compartilhar


Na tortura, em quanto tempo você negaria Jesus?

Veja que nessa pergunta há apenas um questionamento: em QUANTO tempo eu negaria Jesus. Eu tenho certeza que em minhas fraquezas EU NEGARIA ELE. A questão é apenas: “em quanto tempo?”

Resolvi falar sobre mim, porque pelo que eu vejo, alguns cristãos/crentes são fortes demais ou orgulhosos o bastante para admitirem publicamente que NEGARIAM JESUS.

Pedro fez isso 3 vezes, eu faria com certeza. E tenho perguntado para meu Pai: “Senhor, quanto tempo eu aguentaria sofrer, ser humilhado, espancado por amor a ti? Quero suportar em amor o máximo possível, dá-me força, coragem e uma fé verdadeiramente forte e sólida em Ti.”

Hoje, eu vejo alguns crentes dizerem: - Fui demitido do meu trabalho, isso é uma perseguição. Estou sendo perseguido entre os meus amigos porque sou crente.... entre outras coisas que sabemos que dizem no meio evangélico. Qualquer probleminha, qualquer dificuldade, qualquer palavra abala os “crentes” de hoje. Coitadinhos, não fale mal dos crentes, eles não suportam oposição, eles não suportam uma perseguição tão violenta assim. Blá, blá, blá... Crentes de papel como eu.

Lendo as revistas que recebo da Missão Portas Abertas sobre a Igreja Perseguida, fico pasmo! Como podem pessoas ainda hoje em dia perderem TUDO por amor à Cristo? Pessoas irem para a cadeia por amor à Jesus?!! E eu aqui, sentado no meu escritório, com um notebook, escrevendo um blog, falando de Jesus e não sofrer NADA!?? Então Deus me explicou o que eu mais temia, falou claro pra mim:

- Soli, você está aí porque EU sei que você não aguentaria ser perseguido por amor à mim.

Que vergonha! Somos colocados exatamente onde merecemos e nenhuma provação ou tentação chegará a nós que não possamos suportar (1 Cor. 10:13). Então, se você também não é perseguido pela sua fé de SUPERCRENTE, parabéns! Bem vindo ao clube dos que “Não suportariam ser torturados por amor à Cristo.”

Mas quero fazer a pergunta novamente para você.

Na tortura, EM QUANTO TEMPO você negaria Jesus?


Um Grande abraço à todos.

NELE que conhece e sabe das nossas fraquezas e pecados, mesmo assim nos ama sempre, como fez com Pedro. NELE que é a nossa vergonha e ao mesmo tempo a nossa vitória.

S. Limberger


Retirado de Buscai o Reino




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