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Único Sinal Seguro da Eleição

A santificação é o único sinal seguro da eleição divina. Sem dúvida, os nomes e o número dos eleitos são segredos, o qual Deus, sabiamente, reservou para a Sua própria autoridade, não os revelando ao homem. Mas se há algo claro ensinado acerca da eleição é o seguinte: os eleitos podem ser conhecidos e distinguidos por suas vidas santas. Está expressamente escrito que eles foram "eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito", "desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito", "predestinados para serem conformes à imagem de Seu Filho", "escolhidos nele antes da fundação do mundo, para serem santos e irrepreensíveis perante ele". Por conseguinte, quando o apóstolo Paulo percebeu a "fé" atuante, o "amor" operante e a "esperança" paciente dos crentes de Tessalônica, disse: "...reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição" (I Pe. 1:2; II Ts. 2:13; Rm. 8:29; Ef. 1:4; I Ts. 1:3,4). Aquele que presume ser um dos escolhidos de Deus, ao mesmo tempo em que habitualmente vive em pecado, está apenas enganando a si mesmo. Naturalmente, é difícil saber o que as pessoas realmente são; e muitos daqueles que exibem religiosidade externamente, na realidade podem ser hipócritas de coração apodrecidos. Mas, onde não há pelo menos alguma aparência de santificação, podemos ter boa margem de certeza de que também não há eleição. O catecismo da nossa igreja ensina que o Espírito Santo "santifica todos os eleitos de Deus".

A santificação é algo que sempre será visto. Toda árvore é reconhecida pelo seu próprio fruto (Lc. 6:44). Uma pessoa verdadeiramente santificada pode ser tão humilde que nada veja em si mesma senão fraqueza e defeitos. Tal como Moisés, ao descer do monte, pode não ter consciência de que o seu rosto resplandece. À semelhança dos justos, na tremenda parábola das ovelhas e dos bodes, pode não perceber que tem feito alguma coisa digna da atenção e do elogio do seu Senhor: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?" (Mt. 25:37). Mas, sem importar se ele tem consciência disso ou não, outros sempre verão nele um tom, um gosto e um caráter, um hábito de vida diferente dos outros homens. A própria idéia de que um homem pode estar "santificado", ao mesmo tempo em que não se pode ver santificação em sua vida, não passa de franca insensatez, de abuso de palavras. A luz pode brilhar muito debilmente; mas, se ao menos houver uma fagulha em uma sala escura, ela será vista. A vida pode ser muito débil, mas se o pulso bate, embora fracamente, será sentido. O mesmo acontece com o indivíduo santificado; a sua santificação será algo percebido e visto. Um "santo" em quem coisa alguma pode ser vista, senão mundanismo ou pecado, é uma espécie de monstro que a Bíblia não aprova!

Escrito por J. C. Ryle




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