A santificação é algo que sempre será visto. Toda árvore é reconhecida pelo seu próprio fruto (Lc. 6:44). Uma pessoa verdadeiramente santificada pode ser tão humilde que nada veja em si mesma senão fraqueza e defeitos. Tal como Moisés, ao descer do monte, pode não ter consciência de que o seu rosto resplandece. À semelhança dos justos, na tremenda parábola das ovelhas e dos bodes, pode não perceber que tem feito alguma coisa digna da atenção e do elogio do seu Senhor: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?" (Mt. 25:37). Mas, sem importar se ele tem consciência disso ou não, outros sempre verão nele um tom, um gosto e um caráter, um hábito de vida diferente dos outros homens. A própria idéia de que um homem pode estar "santificado", ao mesmo tempo em que não se pode ver santificação em sua vida, não passa de franca insensatez, de abuso de palavras. A luz pode brilhar muito debilmente; mas, se ao menos houver uma fagulha em uma sala escura, ela será vista. A vida pode ser muito débil, mas se o pulso bate, embora fracamente, será sentido. O mesmo acontece com o indivíduo santificado; a sua santificação será algo percebido e visto. Um "santo" em quem coisa alguma pode ser vista, senão mundanismo ou pecado, é uma espécie de monstro que a Bíblia não aprova!
Escrito por J. C. Ryle
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